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Governo vai lançar linha de apoio à organização de eventos e comparticipar descontos dos operadores turísticos

“Contávamos com maior retoma no verão e procura pelo turismo”, afirmou o ministro da Economia. Pedro Siza Vieira referiu ainda que se procederá a uma revisão do regime do apoio à retoma progressiva.
  • Harry Murphy/Web Summit
28 Setembro 2020, 18h33

O ministro da Economia, da Economia e da Transição Digital anunciou esta segunda-feira um novo estímulo à procura interna e a criação de uma linha de apoio à organização de eventos na qual os produtores receberão complementações das receitas dos eventos que fizerem.

A partir da próxima segunda-feira, 5 outubro, entrará em vigor um programa para os setores do turismo (alojamento, animação turística, restauração…), transportes e cultura no qual os operadores que ofereçam descontos aos portugueses e turistas receberão uma comparticipação do Estado desse desconto, referiu Pedro Siza Viera na cimeira do turismo nacional organizada pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP).

Pedro Siza Vieira diz que a procura turística está “reprimida” mas encontra-se sólida e à espera da retoma da atividade económica na sua plenitude, pelo que o Governo está preparado para estender os apoios à retoma económica e flexibilizar o regime do apoio à retoma progressiva.

“Neste momento, aquilo de que precisamos é de aguentar. Temos uns meses pela frente de procura baixa. Ao fim de tantos meses de esforço do Estado, do sistema bancário e das empresas, o Governo está consciente do contexto em que estamos e de que em maio/junho estávamos a prefigurar um contexto menos adverso para o turismo do que aquele em que nos encontramos”, admitiu o ministro da Economia, fazendo referência à necessidade de investimento na digitalização, na construção do novo aeroporto de Lisboa,

“O crescimento do turismo português não foi um acaso e não se ficou a dever a fatores exógenos. Cresceu em todos os segmentos: em sol em praia, cidades, novos destinos que se afirmaram. Diminuiu-se a taxa de sazonalidade e estruturou-se um conjunto de novos produtos que mereceram a preferência dos clientes”, contextualizou o ministro.

Já o presidente da CTP aproveitou a ocasião para reforçar a importância de que o lay-off simplificado regressasse e a garantia de que a bazuca europeia chega às empresas a tempo. “O país precisa de um turismo forte e competitivo”, afirmou Francisco Calheiros.

“Quero pensar, como os oradores que fui ouvindo, que o futuro do turismo é sólido no mundo e em Portugal. As pessoas vão continuar a querer viajar”, concluiu Pedro Siza Vieira.

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