[weglot_switcher]

Governos ignoraram alerta do revisor oficial de contas sobre risco de “fraudes” na Caixa

“Cumprimos os nossos deveres fazendo os alertas”, afirmou ao Jornal Económico Eduardo Paz Ferreira. No entanto, o antigo membro do conselho fiscal do banco público refere que “não tiveram grande tradução de medidas, nomeadamente do Ministério das Finanças, para quem estes relatórios eram enviados”.
  • Rafael Marchante/Reuters
1 Fevereiro 2019, 11h19

Em 2007, o Revisor Oficial de Contas (ROC) da Caixa Geral de Depósitos (CGD) alertou para o risco de “fraudes ou erros” nos circuitos de controlo interno e procedimentos de operações relativas a análise de risco como a concessão de crédito na instituição bancária, revela o Jornal Económico na edição desta sexta-feira (acesso pago).

No entanto, os avisos do ROC não merecerem a devida atenção do governo da altura, chefiado por José Sócrates, e pelo Banco de Portugal, então liderado por Vítor Constâncio. Ademais, não se traduziram em medidas concretas que resolvessem as deficiências.

“Cumprimos os nossos deveres fazendo os alertas”, afirmou ao jornal Eduardo Paz Ferreira. No entanto, o antigo membro do conselho fiscal do banco público refere que “não tiveram grande tradução de medidas, nomeadamente do Ministério das Finanças, para quem estes relatórios eram enviados”.

Contaram-se sete anos de recomendações à CGD para melhorar e acompanhar a evolução do controlo interno, mas não houve o devido acompanhamento do supervisor e dos sucessivos governos até 2014.

 

Esta notícia é avançada na edição semanal do Jornal Económico, nas bancas esta sexta-feira. 

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.