Duas sentinelas guardam Mascate. Chamam-se Al Jalali e Al Mirani e são os fortes gémeos de onde se vê o mar até muito longe. São sinais imponentes de autoridade e proteção e, ao mesmo tempo, recordam a memória de quem os mandou construir: Afonso de Albuquerque, no longínquo século XVI. Ambos são sinais da longa ligação do sultanato de Omã ao mar que, como as areias do deserto, traçou o seu destino. Centro de rotas comerciais, na época estava longe de imaginar o Grande Jogo que, séculos mais tarde, a era do petróleo traria.
Nestes últimos meses movem-se novas pedras num tabuleiro de xadrez complicado a que chamamos Médio Oriente. O mais recente conflito deixou 243 palestinianos e 12 israelitas mortos na sequência de 11 dias de luta, travados pelo cessar-fogo iniciado a 21 de maio e mediado pelo Egito e pelo Qatar. Gaza é agora um território de cinzas, onde se atravessou uma “fronteira outrora proibida”, no caso a pulverização pela aviação israelita do edifício onde funcionavam as delegações dos média internacionais. como a Associated Press e a Al Jazeera. Mostrando chegou que uma nova era nas relações internacionais, tal como o desvio de um avião comercial pela Bielorússia. Com menos regras.
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