A Associação Business Roundtable Portugal (Associação BRP), que reúne 42 líderes de grandes empresas e grupos empresariais nacionais, teve uma “discussão franca e aberta” com o primeiro-ministro António Costa nesta segunda-feira, num almoço realizado no dia em que decorreu a segunda reunião plenária e assembleia geral desde a sua constituição, em junho.
A troca de impressões sobre os problemas do país e respetivas soluções, com alguns pontos de concordância com o primeiro-ministro, ocorreu depois de os elementos da Associação BRP terem debatido e aprofundado conclusões preliminares dos grupos de trabalhos que ao longo dos últimos cinco meses envolveram 170 pessoas, entre associados, especialistas e consultores, empenhados na identificação das principais problemáticas relacionadas com aquilo que diagnosticam ser o fraco desenvolvimento económico e social de Portugal.
Os grupos de trabalho criados nas áreas das Pessoas, das Empresas e do Estado – abordando questões como atração e retenção de talento; formação profissional; requalificação; crescimento, escala e internacionalização das empresas; justiça; burocracia e licenciamento; regulação e fiscalidade – irão agora iniciar a definição de propostas concretas que só deverão ser apresentadas em fevereiro de 2022. Como meta, a Associação BRP estabelece “regressar ao top 15 europeu de riqueza per capita, tornando Portugal um caso de sucesso de desenvolvimento económico a nível mundial”.
Entre os interlocutores a que a entidade dirigida por empresários como Vasco de Mello, chairman do Grupo José de Mello, Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, e António Rios Amorim, CEO da Corticeira Amorim, pretende apresentar medidas destaca-se o Executivo que resultar das próximas legislativas, mas a Associação BRP pretende igualmente partilhar as suas preocupações com líderes de partidos do arco da governação, parceiros sociais e outros agentes da sociedade civil.
Sem estarem em causa “soluções milagrosas” e tendo consciência de que o trabalho em causa abrange mais do que o limite temporal da próxima legislatura, a associação que junta 42 empresas que faturam 82 mil milhões de euros e empregam 382 mil trabalhadores, com remunerações duas vezes maiores que a média nacional, defende que é preciso aproveitar a oportunidade para que Portugal cresça mais. E os seus responsáveis estão convencidos de que essa será uma prioridade para o próximo primeiro-ministro, seja ele quem for.
A sessão plenária e assembleia geral da Associação BRP já estava marcada antes da crise política resultante da reprovação do Orçamento do Estado para 2022 e dissolução da Assembleia da República, sendo mantidos os timings por uma entidade que se define como apartidária e disposta a trabalhar com o poder político para potenciar o crescimento económico de Portugal.
Entre os associados da BRP encontram-se empresas de 21 sectores, entre as quais a Altice, a Altri, a Bial, o BPI, a CIN, o Grupo Amorim, a Delta, a EDP, a Feedzai, a Galp, a Jerónimo Martins, o Grupo José de Mello, o Millennium bcp, a Mota-Engil, a Outsystems, o Grupo Pestana, o Santander, a Semapa, a Sogrape, a Sonae ou a Visabeira.
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