A Greenvolt garantiu hoje que não está interessada em comprar a posição minoritária na Finerge.
“A Finerge são ativos fundamentalmente feitos. Os donos naturais são fundos. Pessoas que querem rendimento”, começou por dizer o presidente executivo da Greenvolt esta segunda-feira.
“Não é para nós”, afirmou João Manso Neto. “Nós o que fazemos são ativos que possamos vender às Finerge deste mundo”, disse aos jornalistas à margem da conferência organizada pela Greenvolt que teve hoje lugar em Lisboa.
Os australianos donos da Finerge procuram um parceiro minoritário para a energética portuguesa para a ajudar a “concretizar a sua estratégia ambiciosa de crescimento”.
A empresa lusa é detida integralmente por fundos de infraestruturas geridos pela Igneo Infrastructure Partners, e esta tenciona agora “integrar um parceiro minoritário na estrutura acionista”, segundo comunicado divulgado a 2 de dezembro pela empresa liderada por Pedro Norton. “A Igneo está totalmente comprometida com o desenvolvimento de longo prazo da Finerge e tem vindo a trabalhar em estreita colaboração com a equipa de gestão para fazer a empresa progredir em linha com o plano de negócios”.
A companhia conta com 68 centrais eólicas e 17 centrais solares, em mais de 46 concelhos em Portugal e três províncias em Espanha
A Finerge anunciou no início de dezembro que concluiu “com sucesso” uma operação de refinanciamento no valor de 2,3 mil milhões de euros. O objetivo desta operação é “acelerar a expansão na Península Ibérica”.
“O refinanciamento serve para reembolsar a dívida existente e providenciar fundos para o desenvolvimento de projetos em pipeline. A nova estrutura financeira irá também assegurar o financiamento necessário para a incorporação de novos ativos no futuro. A conclusão deste processo simplifica a estrutura societária da Finerge e unifica as múltiplas estruturas financeiras numa única plataforma”, anunciou.
A Finerge diz ter identificado “um número significativo de oportunidades de crescimento orgânico para concretizar a sua agenda para a transição energética, com mais de 1 GW de ativos de energia eólica e solar em pipeline nos próximos dois anos. A Finerge continuará a complementar a sua expansão de desenvolvimento orgânico com crescimento inorgânico”.
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