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Greves obrigam Lidl a repor pausas para lanche, diz sindicato

Os trabalhadores dos entrepostos do Lidl vão ser ressarcidos pela retirada do período da pausa para lanche, revela o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Escritórios e Serviços. Sindicato diz que reposição ocorre depois de greve de dezembro, Abril e maio.
26 Junho 2018, 07h30

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Escritórios e Serviços (CESP) revelou que, depois da “grande” adesão dos trabalhadores às últimas greves decretadas pelo CESP, o Lidl   informou que vai indemnizar “quem foi prejudicado e encontrar um valor monetário médio para aplicação geral”. Em causa está a decisão unilateral da empresa, em 2011, de retirar os 15 minutos das pausas para lanche aos seus trabalhadores dos entrepostos de Ribeirão, Torres Novas e Sintra, caso os trabalhadores não optassem por compensar igual período no final da sua jornada diária de trabalho.

“Depois da grande adesão dos trabalhadores às greves realizadas em dezembro de 2017 e abril e maio deste ano, decretadas pelo CESP – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Escritórios e Serviços, o Lidl já informou que vai indemnizar quem foi prejudicado e encontrar um valor monetário médio para aplicação geral”, revelou o CESP.

A administração do Lidl tinha decidido, unilateralmente, em 2011, retirar os 15 minutos das pausas para lanche aos seus trabalhadores dos entrepostos de Ribeirão, Torres Novas e Sintra, caso os trabalhadores não optassem por compensar igual período no final da sua jornada diária de trabalho. Mais tarde, em 2015, tal procedimento foi alargado ao entreposto da Marateca.

Os trabalhadores da cadeia de supermercados Lidl em Portugal estiveram em greve entre 29 e 30 de Abril, pedindo respostas à- administração sobre os cadernos reivindicativos e sobre o Contrato Coletivo de Trabalho.

Segundo o CESP, em causa esteve a  exigência de “aumento dos salários”, “o fim dos horários reduzidos” de muitos trabalhadores a tempo parcial, que “têm meio emprego e meio salário” e de várias matérias inseridas no caderno reivindicativo a que a empresa não tem dado respostas.

Durante a quinzena de luta em abril realizaram-se plenários nos quatro entrepostos do Lidl em Portugal e nos quais a greve foi aprovada.

Em comunicado, a empresa salientou algumas das condições de trabalho reivindicadas, dizendo que “todos os trabalhadores beneficiam de progressão salarial, formação e desenvolvimento de carreiras, independentemente da sua função, carga horária ou local de trabalho” e que “garante o cumprimento integral das suas obrigações legais e convencionais”.

A empresa, pertencente ao grupo Schwarz, declarou ainda “estar atenta às necessidades dos colaboradores”.

O Lidl Portugal revelou ainda ter distribuído, aos colaboradores, benefícios avaliados em mais de cinco milhões de euros.

A empresa diz ter entregado prémios até 400 euros às equipas de operação, ajustado os escalões de remuneração e, para além da atribuição de um cartão de compras no valor de 30 euros por ocasião do Natal, dispõe de um seguro de saúde avaliado em 400 euros anuais.

No comunicado, o Lidl Portugal adianta ainda que procurou assegurar o abastecimento e o funcionamento das suas lojas para os dias de greve.

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