No contexto da invasão russa à Ucrânia, o grupo de hackers Anonymous declarou “guerra cibernética” à Rússia, dizendo que faria tudo para prejudicar o Kremlin através de ataques cibernéticos enquanto este não retirasse as suas tropas do território ucraniano.
Um afiliado do mesmo grupo, intitulado Network Battalion 65, ou apenas ‘NB65’, publicou esta quarta-feira um tweet em que reivindica um ataque aos servidores da agência espacial russa e garante que aquele país perdeu o controlo sobre os satélites, tanto no que diz respeito ao sistema de monitorização, como de filmagem.
De acordo com a publicação, o grupo acedeu a ficheiros secretos russos, apagou-os e impediu o acesso do Kremlin aos servidores. “As credenciais foram alteradas e o servidor foi desligado”. O grupo acrescenta que não vai parar até a Rússia deixar de “bombardear, matar civis e tentar invadir.”
Como seria de esperar, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia não vai ser um “exclusivo” dos meios militares físicos e tradicionais. Os ataques cibernéticos também estão a ser usados como armas de arremesso. Desde o início da invasão, o governo e vários bancos ucranianos e russos têm sido alvo de ataques cibernéticos, sendo que os responsáveis têm sido entidades diferentes.
Esta quinta-feira, foi a vez da embaixada ucraniana no Reino Unido que, na rede social Twitter, anunciou que os ciberataques “constantes” fizeram com que o site e e-mail oficiais da organização deixassem de estar operacionais. Para o efeito, a embaixada sugere outros endereços eletrónicos.
Due to constant cyber-attacks towards the Ukrainian Embassy to the UK, our official website and emails currently do not work.
— Embassy of Ukraine to the UK (@UkrEmbLondon) March 3, 2022
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