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Grupo de restauração Poke House angariou 20 milhões de euros e vai reforçar expansão em Portugal

Esta cadeia de restauração especializada em gastronomia havaiana estima uma receita de mais de quatro milhões de euros em 2021 no mercado nacional e prevê abrir mais 15 restaurantes em Portugal até ao final de 2024.
26 Abril 2021, 19h15

O Grupo Poke House concluiu com êxito uma nova ronda de investimento, tendo angariado mais 20 milhões de euros, e irá reforçar o processo de expansão em Portugal.

O plano de expansão da marca em Portugal será reforçado com a abertura planeada de mais três novos restaurantes de rua no próximo semestre, e mais 15 novas aberturas previstas até final de 2024.

Segundo um comunicado do grupo, “a empresa é já considerada líder na Europa no mercado de ‘poke’ [um prato típico havaiano, que consiste em peixe cru cortado, com diversos acompanhamentos] e, em apenas dois anos, perspetiva-se atingir o valor de mercado de 100 milhões de euros”.

“A Poke House, marca líder de ‘poke’ na Europa, anuncia a conclusão de mais uma ronda de financiamento de 20 milhões de euros liderada pela Eulero Capital, com apoio da FG2 Capital e reinvestimento da Milano Investment Partners SGR. Portugal irá beneficiar deste novo investimento, e numa primeira fase aposta em três expansões no próximo semestre: Miraflores, Avenida Infante Santo e Comporta. Esta injeção de capital acontece menos de um ano após a primeira tranche de investimento de cinco milhões de euros liderada pelo MIP SGR, confirmando a validade deste modelo de negócio inovador que, apesar da pandemia, continua a crescer exponencialmente para atingir um valor de mercado de 100 milhões de euros”, adianta o referido comunicado.

De acordo com esse documento, “a empresa de ‘food-tech’, fundada em Portugal por Francisco Guedes e Duarte Costa e em Itália por Matteo Pichi e Vittoria Zanetti, fundiu-se em 2020 com o objetivo de crescer a nível europeu e português”.

“A cadeia de restauração já conta com 30 restaurantes em Itália, Portugal e Espanha, uma equipa de mais de 400 pessoas e um volume de negócios de mais de 40 milhões de euros previsto até ao final de 2021. Esta evolução demonstra plenamente que o ‘poke’ não é apenas uma tendência do mercado, mas sim um negócio capaz de se expandir e de se tornar uma marca de qualidade, graças à combinação de vários fatores: serviço rápido, ingredientes de alta qualidade, personalização e digitalização aplicada tanto à organização interna quanto à venda das famosas ‘bowls'”, destacam os responsáveis do grupo de restauração.

A administração do Poke House assegura que “os rendimentos da ronda de investimento serão usados para manter o crescimento da empresa através da expansão internacional: Poke House está a planear abrir 200 novos espaços, não apenas nos países onde já opera, mas também identificando oportunidades noutros mercados estrangeiros – como França e Reino Unido, onde as aberturas estão planeadas para antes do verão”.

“Sabíamos que o ‘poke’ era um produto com grande potencial, mas ao mesmo tempo tínhamos de enfrentar uma série de outras cadeias que começaram a tê-lo na sua oferta” – comenta Matteo Pichi, cofundador e CEO da Poke House.

“Por isso, estudámos de imediato uma forma de diferenciar a nossa proposta de valor, apostando na qualidade superior dos ingredientes e numa experiência disruptiva. Quem entra nos nossos restaurantes experiencia o espírito californiano em cada detalhe: desde a qualidade do peixe fresco, e de todos os outros ingredientes selecionados para as nossas receitas, passando pelos molhos totalmente criados por nós, e chegando aos funcionários que recebem os clientes ou preparam as encomendas através de entrega. Toda esta experiência associada ao ‘design’ dos nossos interiores, faz com que seja criada uma atmosfera que transporta cada cliente para um por do sol na West Coast. Somos um ‘fast casual’ de qualidade, uma empresa jovem que utiliza a melhor tecnologia disponível para melhorar a cada dia o atendimento ao consumidor”, explica este responsável.

Por seu turno, Selim Giray, ‘partner’ da Milano Investment Partners SGR, destaca que “desde que fizemos a primeira parceria em 2020, a Poke House alcançou um crescimento esponencial durante estes tempos incertos e difíceis na indústria da restauração, e estamos orgulhosos por continuar a apoiar os seus ambiciosos planos de expansão”.

“A agilidade e talento da equipa de liderança, a abordagem com visão no futuro e o foco na experiência do cliente, combinados com uma estrutura base sólida, permitirão uma nova e empolgante fase de crescimento.” – defende este responsável.

“O modelo de negócio da Poke House apoia-se em algumas das principais tendências do setor alimentar (‘food-tech’, ‘healthy food’, ‘delivery’, customização) e possui todas as características e talentos para posicionar a empresa entre os melhores ‘players’ a nível europeu. Estamos entusiasmados por ser parceiros da Poke House num projeto inovador e virado para o futuro, em linha com a nossa estratégia de investimento, que se baseia na procura de empresas inseridas nas macrotendências que irão caracterizar a evolução económica, tecnológica e social dos próximos anos”, avança Gianfranco Burei, sócio fundador da Eulero Capital.

A Poke House Portugal estima uma receita de mais de quatro milhões de euros em 2021 e prepara a abertura de três novos restaurantes.
Atualmente, a Poke House dispõe de cinco lojas em Lisboa, “em ruas de prestígio e centros comerciais”: Chiado, Strada Outlet, Atrium Saldanha, CascaiShopping e, mais recentemente, Centro Comercial Colombo.

“No seguimento da nova ronda de investimento angariado, a Poke House irá abrir três novos restaurantes de rua no próximo semestre: em Miraflores, na Avenida Infante Santo e um espaço diferenciador na Comporta, o primeiro restaurante fora da capital. Com a nova ronda de investimento, a empresa ambiciona abrir a médio/longo prazo mais de 15 restaurantes em território nacional nos próximos dois anos, e irá apostar na expansão para duas novas cidades portuguesas até final de 2024”, revela o comunicado em questão.

Segundo esse documento, “o elevado investimento em Portugal, que tem vindo a permitir a expansão da marca, o ‘rebranding’ de todos os restaurantes e a adoção de novas práticas de negócio, fez com que a empresa apresentasse resultados muito positivos nos primeiros meses”.

As receitas esperadas de mais de quatro milhões de euros para Portugal durante o presente ano corresponderão a um crescimento superior a 300% face ao ano  passado.

Para Francisco Guedes, co-fundador e ‘country manager’ da Poke House em Portugal, “este é um momento de viragem para o sector da restauração”, acrescetando que, “vimos nesta fase desafiadora a oportunidade de nos diferenciar da concorrência e continuar a expandir o negócio”.

“Prova disso é a nova aposta em mais três restaurantes de rua no próximo semestre. Temos o exemplo do novo espaço da Comporta, o primeiro restaurante fora de Lisboa, uma ‘pop up store’ que funcionará durante o período de verão e irá combinar gastronomia, lazer e moda – sempre associados ao espírito californiano que tanto caracteriza a Poke House”, adianta este responsável.

“Poke House não é apenas um restaurante do ponto de vista tradicional, mas uma empresa ‘food-tech’ – com um modelo de negócio que possui uma forte componente digital, o que permitiu inovar de forma disruptiva no mundo do retalho alimentar. Graças à sua capacidade de alavancar o digital de forma estratégica – primeiro com entrega de comida e depois com o desenvolvimento de uma plataforma de CRM (Customer Relationship Management) – foi possível estruturar uma abordagem baseada em ‘data’ que permite tornar a sua operação mais eficiente do que uma clássica cadeia de restaurantes. A partir desta plataforma, é possível diminuir o nível de risco através de análises diárias que permitem obter ‘feedback’ contínuo e imediato da comunidade de amantes de ‘poke’, e ajustar o seu foco conforme necessário”, salienta o grupo.

A Poke House está também disponível em ‘delivery’ através das plataformas Uber Eats, Glovo e Bolt Food.

A Poke House nasceu em 2018, quando duas duplas de empresários, Duarte Costa e Francisco Guedes em Portugal, e Matteo Pichi e Vittoria Zanetti em Itália, fundaram dois restaurantes especializados em ‘poke bowls’ com o mesmo nome (‘Poke House’), com sede em Lisboa e Milão, respectivamente.

Numa visita a Portugal, Matteo e Vittoria conheceram a dupla de empresários Duarte e Francisco, e rapidamente experimentaram a Poke House Chiado e, a partir desse momento, surgiu naturalmente a ideia de fusão empresarial para expandir a Poke House em Portugal e na Europa.

Hoje, a Poke House é uma cadeia gastronómica única de ‘pokes’ com mais de 25 lojas localizadas em Portugal, Itália e recentemente também em Espanha, com planos de expansão para França e Reino Unido com o objetivo de se tornar a número um do setor em território EMEA (Europa, Médio Oriente e África) em 2022.

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