O grupo Wagner tomou de assalto a cidade russa de Rostov contra as expectativas do Kremlin que contava ter o apoio incondicional militar.
Quase um ano e meio após a invasão da Ucrânia, fala-se de uma rebelião interna na Rússia que pode levar ao assassinato do líder do grupo paramilitares ou a confrontos em Moscovo.
O que se passa na Rússia?
A cidade de Rostov começou a ser invadida por forças militares ao dia de ontem. O grupo Wagner invadiu a cidade-chave para a invasão da Ucrânia, colocando um entrave à Rússia.
O grupo Wagner circula pelas ruas da cidade de Rostov em full display militar, tendo já tomado o controlo por inteiro da cidade e do aeródromo.
Além disso, o grupo Wagner assumiu também o controlo das instalações militares em Voronezh. “O exército passou para o lado do povo”, escreve o grupo paramilitares na rede social Telegram.
O que diz o Kremlin?
O governo russo está a par de toda a situação e rebelião por parte do grupo paramilitar. O presidente Vladimir Putin fala em “traição” por parte do líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, e admitiu que todos os que “participaram no motim serão punidos”. O presidente russo admitiu ainda que a situação na cidade de Rostov é difícil.
O Serviço Federal de Segurança da Rúsisa (FSB) já abriu um processo criminal contra Prigozhin, por o líder militar ter efetuado uma convocatória à rebelião armada contra o governo russo.
Qual a razão de Prigozhin apelar à rebelião?
O líder do grupo Wagner já se tinha mostrado contra a guerra na Ucrânia, assumindo que o grupo tinha sido responsável por milhares de mortes. A gota de água deu-se agora, estando insatisfeito com a gestão da guerra e a acusação de vários membros do governo lucrarem com a invasão.
Yevgeny Prigozhin acusou também o Exército russo de lançar um ataque contra as suas forças paramilitares.
Qual o próximo passo?
O grupo Wagner já se encontrará a caminho de Moscovo, e a praça vermelha está em alerta para possíveis ataques e invasões.
O anúncio da deslocação colocou todas as forças russas em alerta máximo, especialmente depois de Progozhin ter apelado ao povo russo para um conflito armado.
Toda a segurança foi reforçada em redor dos edifícios governamentais. Agências internacionais dizem que é visível um forte equipamento militar no centro de Moscovo, especialmente no Ministério do Interior e no Kremlin.
Quem está de olho na situação?
Vários governos mundiais estão de olhos postos na Rússia. O primeiro governo a pronunciar-se foi o americano, com a Casa Branca a revelar estar a inteirar-se e a acompanhar toda a situação na Rússia.
Posteriormente, também o executivo de Emmanuel Macron se pronunciou, seguindo-se a vez do governo alemão de Olaf Scholz admitir que também está a acompanhar a situação “atentamente”.
O presidente polaco, Andrzej Duda, assumiu na rede social Twitter que já falou com os aliados, com o primeiro-ministro e Ministério da Defesa da Polónia, assumindo acompanhar a situação de forma contínua
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