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GSK defende plano de vacinação para adultos em Portugal

Farmacêutica britânica aponta, em conferência organizada pelo JE esta terça-feira, que vários países como Itália, Espanha e França já contam com um calendário de vacinação para adultos.
23 Abril 2024, 12h26

A farmacêutica GSK defende a criação de um plano de vacinação para adultos em Portugal. Apontando que vários países europeus já têm programas de vacinação para adultos, como Itália, Espanha ou França, a empresa defende a criação no país.

“A forma como as pessoas tomam conta uma das outras em Portugal… os avós a tomarem conta dos netos para os pais irem trabalhar. As pessoas estão a viver mais, mas não estão a viver melhor. Como lidar com toda esta população envelhecida? É preciso olhar para ferramentas para as pessoas viverem melhor. Queremos que sejam saudáveis e que partilhem esses momentos, e se estiverem doentes, é uma tragédia, e isto pode ser impedido. Colocaria dinheiro nas vacinas para adultos. Por um euro gasto, há quatro euros de retorno”, disse hoje o diretor-geral da GSK Portugal Eric King.

“As vacinas pediátricas melhoraram a vida das pessoas em todo o mundo. Colocaria o esforço todo na vacina e criaria um calendário de vacinação para adultos para ajudar Portugal a colher os benefícios. Isto libertaria recursos para o país”, acrescentou.

As declarações tiveram lugar no pequeno-almoço executivo “Indústria Farmacêutica” que o Jornal Económico organiza esta terça-feira em Lisboa.

“A nossa grande prioridade” é a “investigação e desenvolvimento”, apontando que a Inteligência Artificial (IA) vai “beneficiar todos”. “Vamos gastar menos e investir no que tivermos mais benefício”.

“Ao juntar informação genética de múltiplas pessoas, a tua pool vai ser mais precisa, e o machine learning vai tornar isto em simulações para resolver doenças da melhor forma”, afirmou, acreditando que o lançamento de um medicamento pode ser reduzido de 10 anos para cinco, seis anos e deu o exemplo das vacinas anti-Covid que foram criadas em tempo recorde entre um ano a ano e meio, no que poderá tornar-se no “novo normal”.

Comentando os dados apresentados antes pelo bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, Hélder Mota Filipe, sobre o investimento em saúde, o responsável da GSK disse: “não temos uma quantidade ilimitada de dinheiro em Portugal, temos de encontrar poupanças, seja nos genéricos, seja investir em áreas com retorno, uma das maiores invenções na saúde foram as vacinas. O tratamento de prevenção permite poupar custos de tratamento continuado. Isto pode ser útil para governos”.

Sobre as aprovações de medicamentos, o responsável apontou que a lei prevê um prazo de 210 dias, mas “o que acontece é diferente”.

E deu o exemplo do Vírus sincicial respiratório (RSV) que chega a ter uma mortalidade alta, 25% dos casos, “mas que como não existe consciencialização, não há prevenção”.

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