A Economist Intelligence Unit prevê que o crescimento global desacelere de 2,9% no ano passado para 2,8% em 2019 e para 2,6 % em 2020, face às preocupações com a desaceleração do crescimento em economias-chave, incluindo a China e os países da União Europeia. “As perspetivas para a economia global estão a agravar-se”, defende a divisão de investigação e análise do grupo Economist.
Para os especialistas da publicação britânica, o principal risco para a economia mundial, por ordem de intensidade, é o conflito comercial entre os Estados Unidos e a China transformar-se de facto numa guerra comercial à escala global. Os peritos temem, por exemplo, que as ameaças do presidente Donald Trump de impor tarifas adicionais sobre as importações de automóveis europeias amplifiquem o conflito, de acordo com um relatório divulgado esta terça-feira.
“Dado o crescente sentimento negativo sobre as preocupações de segurança nacional de países como a Alemanha, o Reino Unido, o Canadá e a Austrália em relação a fornecedores de rede chineses, como a Huawei, existe o risco de que diversos outros países sejam arrastados para uma guerra comercial na tecnologia, com as cadeias logísticas das empresas a serem interrompidas por a cobertura da rede global estar dividida”, explicam, no mesmo documento.
Na lista de obstáculos ao desenvolvimento da economia está ainda o receio de que:
Em janeiro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa a projeção de crescimento da economia mundial, apontando agora para 3,5% em 2019 e 3,6% em 2020, menos 0,2 e 0,1 pontos percentuais (p.p.) do que em outubro. No último World Economic Outlook (WEO), a instituição liderada por Christine Lagarde culpa sobretudo o enfraquecimento do mercado financeiro, o momentum mais suave no segundo semestre do de 2018 e a contração da Turquia e Argentina.
A penalizar o crescimento do produto interno bruto mundial esteve ainda a introdução de novos padrões de emissões de combustíveis na Alemanha e as preocupações sobre riscos soberanos e financeiros que pesaram sobre a procura interna em Itália. “As condições financeiras já estreitaram mais desde o outono. Uma série de fatores, além da escalada das tensões comerciais, pode gerar uma deterioração adicional do sentimento de risco, com implicações adversas no crescimento, especialmente devido aos altos níveis de dívida pública e privada”, alertou o FMI.
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