O preço do barril de Brent afunda esta segunda-feira, às 13h48, 21,32% para 35,62 dólares, o índice Stoxx Europe 600 oil&gas perde 15% e a Galp Energia dá um trambolhão de quase 15% tmbém para 9,79 euros por ação, mínimos do início de janeiro de 2016, ou seja, quatro anos e dois meses.
As causas são evidentes: a OPEP+ não chegou a acordo na sexta-feira para cortar a produção de petróleo e combater o impacto negativo do coronavírus, os analistas imediatamente preveram uma guerra de preços e excesso de oferta no mercado e a Arábia Saudita não perdeu tempo e no fim de semana cortou os preços oficiais (OSP, official selling prices) em todos os tipos de crude entre 6 e 8 dólares por barril e que planeia aumentar a produção em 10 milhões de barris por dia em abril.
“Após o desacordo entre a Rússia e a OPEP, o preço do petróleo sofreu hoje a maior queda diária desde a Guerra do Golfo em 1991, chegando a cerca de 30% de redução no tipo Brent. Piorando ainda mais a situação, a Arábia Saudita decidiu reduzir os seus preços oficiais de venda, provocando assim uma maior queda do preço e da tensão com a Rússia”, explicou Francisco Alves, analista da corretora Infinox.
“Consequentemente, todas as companhias petrolíferas foram afetadas negativamente. No caso da Galp, viu as suas ações serem reduzidas cerca de 25%, tocando num mínimo de 8,63 euros. Já tendo aliviado um pouco a pressão de venda, a ação está perto dos 9,80 euros”, adiantou.
A pressão no crude e nas petrolíferas está a contagiar as bolsas mundiais. Nos Estados Unidos, a negociação em Wall Street foi suspensa por 15 minutos após o índice Dow jones ter aberto a tombar 7%, despoletando uma paragem automática.
Na Europa, o alemão Dax cai 8,47%, o francês CAC40 desce 8,68% e o FTSE MIB de Milão tomba 11,63%. Em Portugal, no PSI 20 perde 8,43% para 4.277,51 pontos, com o BCP e a cair 12,71%, a Sonae 8,80%, num índice com todos os títulos no vermelho.
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