A manifestação convocada para este domingo em Bissau contou com a solidariedade e apoio da diáspora em Lisboa, que fez ouvir a sua voz a mais de quatro mil km de distância na defesa da “reposição da ordem democrática”.
Organizada pelo movimento de estudantes e trabalhadores guineenses Firkidja di Pubis, a mobilização concretizou a “união de forças e meios para defender o povo da Guiné-Bissau e o país em si, contribuindo para resgatar o país da situação em que se encontra”, explicou Nhanhunde Ká ao Jornal Económico (JE).
Segundo o ativista, a diáspora guineense “tem sido uma voz ativa denunciando o regime” de Umaro Sissoco Embaló. “A diáspora é uma parte importante no que diz respeito à mobilização. Tem um objetivo comum, tentando libertar o país de um regime que tem sequestrado todas as instituições do país e colocado um clima de terror e de medo espancando pessoas que têm voz contra a política e governação do país”, afirmou.
“O próprio regime tem medo da manifestação porque sabe que o país não está bem. E o mundo perceberá”, acrescentou. “Em Lisboa, temos mais liberdade e espaço para mostrar a nossa indignação tendo em conta a repressão policial [em Bissau]”.
Na Guiné-Bissau, o apelo partiu da organização cívica ‘Po de Terra’, à qual se juntou a plataforma Frente Popular.
A ação de protesto estava marcada para as primeiras horas deste domingo em Bissau, mas as forças policiais terão neutralizado a manifestação, de acordo com Ká. Segundo a Frente Popular, seis cidadãos foram detidos.
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