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“Há falta de coragem política”. Rui Rio defende que primeiro-ministro deve demitir PGR

À semelhança das suas declarações em dezembro, Rui Rio volta a defender que a PGR não tem condições para continuar no cargo. Ex-líder do PSD considera que Lucília Gago não tem o perfil de PGR por ter “um comportamento arrogante e prepotente”.
José Coelho/Lusa
3 Maio 2024, 17h07

O antigo líder do PSD admitir existir “falta de coragem política” quando se tratar de fazer reformas à justiça nacional, tendo efetuado muitas reuniões com diversas personalidades quando estava à frente do partido. Em entrevista à “SIC Notícias”, Rui Rio admitiu que “nenhum partido quis avançar [com reformas na justiça], nem o Presidente da República. Há falta de coragem política”, lamentou.

Rui Rio é uma das 50 personalidades que pedem a reforma da justiça portuguesa.

O ex-líder dos sociais-democratas questiona ainda como Montenegro ainda não demitiu Lucília Gago, algo que já tinha defendido no fim do ano passado. “Como é que um Governo que está a ser atacado pela justiça pode pedir que se demita uma Procuradora-Geral da República [PGR]? Mas o Governo que vem a seguir já o pode fazer, se não o faz tem de perguntar ao Governo porque é que não o faz, eu não sou do Governo”, atirou Rio à publicação.

À semelhança das suas declarações em dezembro, Rui Rio volta a defender que a PGR não tem condições para continuar no cargo. “Alguém que não dá qualquer explicação, tem um comportamento arrogante e prepotente está muito longe do perfil que se exige para aquele cargo”.

Apesar da demissão da PGR estar concentrada nos poderes do primeiro-ministro, o ex-líder do PSD acredita que Marcelo Rebelo de Sousa deveria convocar um Conselho de Estado para se debater a substituição de Lucília Gago no cargo. “Conselho de Estado a dizer que não tem condições seria uma pressão maior, para sair pelo próprio pé”, disse Rui Rio.

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