Mais 167 mil passes; 116 milhões de euros do Estado e das autarquias para reduzir o valor dos passes cobrados aos passageiros; menos carros nas cidades; e um investimento de 900 milhões de euros em novos equipamento para os transportes públicos. Eis alguns indicadores que o secretário de Estado da Mobilidade, José Mendes, refere ao Jornal Económico na entrevista em que faz o balanço inicial da estratégia pública para a mobilidade sustentável.
Que balanço faz da nova estratégia para a mobilidade sustentável?
O centro das novas políticas de mobilidade sustentabilidade é o transporte público. Porque é o mais eficiente e mais eficaz na redução da carga energética e da carga carbónica de cada passageiro/km transportado. Para além disso há o esforço de descarbonizar as motorizações dos veículos e isso traz sustentabilidade porque reduz as emissões de gases com efeito estufa. Há também a aposta na mobilidade suave, ou micro mobilidade, que nos permite viajar em modos que, ou não são motorizados, ou são de muito baixa energia ou de ‘Zero emissões’: o modo ciclável – e todas as suas variantes da bicicleta à trotineta – ou o modo pedonal. Mas o transporte público é o centro da estratégia para a mobilidade sustentável. É um transporte partilhado no seu expoente máximo. Depois temos a descarbonizarão das motorizações através do programa da mobilidade eléctrica (embora com futuras variantes como o hidrogénio, para as quais temos estado bem atentos).
O que diferencia a estratégia da mobilidade sustentável do atual Governo?
O que nos diferencia dos governos anteriores é que este tema está muito mais presente no debate atual do que estava no passado. Estando mais presente no debate atual é natural que constitua uma maior prioridade. Claramente temos uma abordagem da mobilidade, e sobretudo do transporte publico, que se diferencia [do governo anterior] porque achamos que só investindo, só aumentando o acesso das pessoas no transporte público, é que conseguimos aumentar a sustentabilidade e abordar o tema das alterações climáticas e do aquecimento global. Se compararmos com a legislatura anterior, isso claramente não estava na agenda. Estava completamente fora, era um tema que não existia e que agora existe.
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