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Hassan Akhund, a tradição no poder

Ninguém sabe que idade tem Mohammad Hassan Akhund, o novo primeiro-ministro interino do Afeganistão nascido em Kandahar – como também ninguém sabe o que quererá dizer ‘interino’ tanto em termos de tempo como de divisão do poder no que diz respeito às várias forças tantas vezes em confronto no interior do país.
11 Setembro 2021, 17h00

Ninguém sabe que idade tem Mohammad Hassan Akhund, o novo primeiro-ministro interino do Afeganistão nascido em Kandahar – como também ninguém sabe o que quererá dizer ‘interino’ tanto em termos de tempo como de divisão do poder no que diz respeito às várias forças tantas vezes em confronto no interior do país. E se a sua data de nascimento está compreendida entre 1945 e 1958, já o termo ‘interino’ pode querer dizer, mas não é certo, que o novo executivo coloca a hipótese de organizar eleições gerais.

Certo é que Mohammad Hassan Akhund e a sua escolha para o segundo mais alto cargo da nova administração política do Afeganistão – seguindo os costumes do Irão, o clérigo Hibatullah Akhundzada será o líder supremo – deixou a comunidade internacional no mesmo lugar de desconforto em que vive desde 15 de agosto. A surpresa foi amarga: o ocidente interiorizara que o cargo de primeiro-ministro seria atribuído a Abdul Ghani Baradar, talvez o líder talibã mais tolerado pelos Estados Unidos – responsáveis pela sua libertação de uma masmorra situada algures no Paquistão em 2018. Baradar será vice-primeiro-ministro, mas não é a mesma coisa.

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