Boris Johnson assume, esta tarde, funções para o cargo de primeiro-ministro de um Governo que atravessa um mar de demissões. No total, foram cinco baixas apresentadas no espaço de uma semana.
O novo líder sucede a demissionária Theresa May que irá abandonar hoje Downing Street depois de discursar pela última ao povo britânico e oficializar a sua demissão à Rainha Elizabeth II.
Agora, a prioridade do recém eleito será nomear novas caras para os cargos que se encontram vazios. Espera-se que Boris Johnson nomeie alguém para o cargo de Ministro das Finanças ainda hoje, que estava ocupado por Philip Hammond antes de se ter retirado este fim de semana. A imprensa britânica alega que caso Hammond não se tivesse afastado, Boris teria-o feito assim que assumisse o cargo de primeiro-ministro.
Na verdade, espera-se que isso aconteça com os restantes políticos nomeados por May, nomeadamente Jeremy Hunt que é atualmente ministro dos negócios estrangeiros e que recusou a nomeação para cargo de ministro da defesa.
David Lidington, vice-primeiro-ministro de Theresa May, confirmou que também vai abandonar o governo dizendo que “é o momento certo para seguir em frente”. Outro que poderá seguir o mesmo rumo é o secretário de estado dos negócios, energia e estratégia industrial, Greg Clark.
Dois outros membros seniores do governo da Theresa May, Rory Stewart e David Gauke, também se renunciaram. O ministro de desenvolvimento internacional e o secretário de justiça, respetivamente, ambos parabenizaram Johnson pela sua vitória antes de se demitirem. Os últimos a formarem o grupo de demissionários foram o secretário de Estado, Sir Alan Duncan e Anne Milton, ministra da educação.
Uma das nomeações mais aguardadas é para o cargo de conselheiro de Estado. A imprensa britânica aponta Dominic Cummings, que ficou conhecido pelo seu contributo ativo durante a campanha Vote Leave para o Brexit.
Cummings também já foi coselheiro do ex primeiro-ministro Michael Gove, mas durante o seu mandato colidiu com autoridades e políticos e esteve envolvido em polémicas que lhe renderam manchetes.
Priti Patel lidera a lista de candidatos para o cargo de ministra da administração interna. De acordo com o RTE, Johnson está determinado em criar um “Gabinete para a Inglaterra moderna” composto por mulheres e parlamentares de diferentes minorias étnicas, como por exemplo Alok Sharma que também deverá fazer parte do comité.
A RTE avança que Johnson poderá ser confrontado por um grupo de demissionários da era de Theresa May que quererão um cargo no novo Governo, incluindo Dominic Raab, Esther McVey e Andrea Leadsom.
Esta tarde, depois da visita ao palácio Buckingam e o encontro com a Rainha, espera-se que da parte de Boris Johnson as nomeações sejam formalmente apresentadas. Ao entrar na porta número 10 de Downing Street, Johnson também fará um discurso para a nação onde vai partilhar a sua visão otimista para o futuro pós-Brexit.
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