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Hermès bate as rivais e alcança máximo histórico perto dos 300 mil milhões

O setor do luxo atravessa sérias dificuldades, mas a empresa francesa resiste e apresentou contas acima das expetativas na sexta-feira. A capitalização de mercado atingiu o ponto mais alto da história na passada sexta-feira e está cada vez mais próxima da líder do mercado, a Louis Vuitton.
FILE PHOTO: Rachel Koffsky, International Senior Specialist at Christie’s Handbags & Accessories, poses with a piece titled “A rare, matte white himalaya niloticus crocodile Birkin 25 with palladium hardware, Hermes, 2013” which is on display as part of “Handbags Online: The London Edit” at Christie’s in London, Britain, November 18, 2021. REUTERS/Tom Nicholson/File Photo
17 Fevereiro 2025, 07h00

As dificuldades que se colocam perante o setor do retalho de luxo foram contrariadas pelas contas apresentadas por um dos maiores players. A francesa Hermès apresentou contas do quarto trimestre e do total de 2024, tendo reportado vendas acima do que esperavam os mercados.

A finalizar um ano de 2024 que foi de enormes dificuldades para o setor do luxo (com as ações em forte queda), a empresa fugiu à regra e reportou um aumento de 14,7% ao nível das receitas anuais, que atingiram os 15,2 mil milhões de euros. Olhando unicamente ao quarto trimestre, registou-se uma subida de 17,6%.

Com uma estratégia centrada na exclusividade dos seus artigos, a capitalização de mercado da Hermès subiu de forma expressiva logo após as contas. De resto, a fabricante francesa de artigos de luxo aproximou-se da rival e líder do setor Louis Vuitton. Recorde-se que ambas estão cotadas na bolsa de Paris.

A cotação de mercado da empresa superou pela primeira vez os 300 mil milhões de euros na manhã de sexta-feira, 14 de fevereiro, e aproximou-se da líder do setor, antes de recuar e terminar o dia nos 297 mil milhões.

Em causa está outra empresa francesa, a Louis Vuitton, cuja avaliação estava em 353 mil milhões quando a sessão foi dada por encerrada nos mercados europeus.

Os números ficaram acima das expetativas que existiam, com destaque para o aumento de 9% ao nível da procura no mercado da Ásia-Pacífico, excluindo o Japão. A empresa sinaliza assim capacidade para escapar à crise vivida por muitas marcas de luxo, ainda que tenha sentido algumas dificuldades no que respeita a vendas na China

Assim sendo, a Hermès International SCA, cotada na bolsa de Paris (base nuclear do setor), subiu 0,82% e alcançou um máximo histórico, em 2.839 euros por título. O ânimo foi mais acentuado nos primeiros minutos após a abertura, quando chegaram a negociar, pela primeira vez, acima dos 2.900 euros e acabaria por se desvanecer nas horas seguintes, mas acabaria por registar o fecho mais alto da sua história, tendo avançado para uma valorização de 29% nos últimos 12 meses.

Olhando ao restante do setor, a Louis Vuitton caiu quase 12% em bolsa no mesmo período, ao passo que a Kering foi mais longe, com um decréscimo de 34,6% em 12 meses.

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