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Histórias do apagão: Do almoço na FIL para 1.500 pessoas à resposta da Meo com equipa de 100

Das farmácias ao retalho passando pelos Correios e pela organização de eventos, foram muitas as histórias que ficaram do dia em que o país ficou às escuras. O JE conta algumas destas histórias de como grandes empresas portuguesas superaram as dificuldades apesar da crise.
Um passageiro apanha um autocarro no Campo Grande às escuras devido ao apagão que afeta Portugal de Norte a Sul e outros países europeus, em Lisboa, 28 de abril de 2025. O Governo criou um grupo de trabalho para acompanhar o apagão que afeta Portugal de Norte a Sul e outros países europeus e aponta que o problema “terá tido origem” fora de Portugal. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA
2 Maio 2025, 10h30

 

 

Meo: resposta rápida à crise com equipa de 100

Assim que se verificou o apagão, a MEO ativou, em poucos minutos, a sua sala de crise, localizada fisicamente em Picoas. Esta célere resposta permitiu mobilizar uma equipa híbrida composta por cerca de 20 colaboradores em regime presencial e cerca de 80 em regime remoto, oriundos de várias geografias e departamentos da organização, garantindo uma atuação coordenada e eficaz.

A prioridade das equipas foi, desde o primeiro momento, garantir a funcionalidade dos serviços críticos e trabalhar rapidamente para a reposição total de todas as operações.

Para reforçarmos a autonomia energética da nossa rede móvel, dada a imprevisibilidade da reposição de energia, a MEO reconfigurou a sua rede, otimizando o consumo energético de cada uma das estações base e apelando aos seus clientes que fizessem um uso responsável das comunicações móveis até que a situação fosse totalmente normalizada.

 

Continente: resposta mantendo o serviço

Seguindo os procedimentos de gestão de crise da empresa, após a confirmação do corte generalizado de eletricidade, a MC ativou de imediato o comité geral de crise, com representantes das áreas críticas — operações, infraestruturas, logística e abastecimento, recursos humanos, tecnologia, comercial, comunicação – que acompanharam o incidente até à estabilização total das operações.

Foi feito de imediato o levantamento das redundâncias energéticas das lojas Continente e ativado o abastecimento de combustível para garantir o funcionamento contínuo dos geradores. Foram ainda emitidas recomendações às lojas, assegurando comunicação constante e reforço das encomendas.

Vários colaboradores de outras áreas apoiaram as equipas das lojas. As equipas de logística e abastecimento asseguraram com eficácia a reposição de produtos.

Com o apoio dos parceiros tecnológicos, o Continente manteve os sistemas de pagamento e comunicação operacionais, permitindo que a grande maioria das lojas se mantivesse aberta e funcional, com grande afluência, mas sem incidentes.

Enviámos também para todos os colaboradores da MC, via SMS, dicas úteis para melhor gerirem as circunstâncias e dispositivos.

Paralelamente, a marca mobilizou-se para apoiar as comunidades locais. No dia seguinte, após um enorme esforço de reposição de stocks, principalmente nos bens mais procurados, a larga maioria das
lojas abriu em total normalidade.

Este resultado só foi possível pelo empenho dos nossos colaboradores, pela prontidão dos parceiros e pela compreensão dos nossos clientes.

 

CTT: oportunidade para testar planos de contingência

Os CTT, tendo em conta as limitações no fornecimento de energia optaram por fechar todas as suas lojas, por razões de segurança, tendo as mesmas reaberto no dia seguinte. Já nos Centros de Distribuição Postal, a operação manteve-se em funcionamento, utilizando fontes de energia alternativas. As várias equipas dos CTT estiveram a trabalhar para assegurar, apesar das imitações os vários serviços e responder a situações pontuais que foram surgindo, com o permanente acompanhamento da equipa de gestão.

“Atualmente, a atividade dos CTT está a decorrer com normalidade. Esta foi uma oportunidade para testar os planos de contingência e comunicação em vigor. Em situações futuras, caso surjam, os CTT tomarão, como sempre, todas as medidas para garantir a segurança dos colaboradores e clientes”, diz fonte oficial dos CTT ao Jornal Económico. A empresa é hoje a maior rede de retalho nacional (mais de 600 lojas, 1.700 Postos de Correio e 4.000 Agentes Payshop).

 

Farmácias: ainda a contabilizar um dia atípico

Neste momento, ainda se apuram quebras (se existirem) de medicamentos que necessitam de refrigeração. Em muitos casos as farmácias tinham fontes de energia alternativas ou tiveram acesso a geradores partilhados, mas entretanto essas fontes de energia alternativas foram-se esgotando. A ANF disponibilizou às farmácias informação sobre a estabilidade de cada um dos medicamentos à temperatura ambiente (com informação dos laboratórios produtores). Poderá ser necessário acionar seguros nalguns casos. O dia foi globalmente atípico, e como não havia comunicações com a base de dados de prescrições, não foi possível satisfazer todos os pedidos das pessoas – apesar de ter sido mantido o acesso a medicamentos em casos em que eram necessários para o próprio dia. A população foi tranquilizada e foi-lhes pedido para voltarem no dia seguinte. Na terça-feira, todas as dispensas efetuadas e registadas manualmente foram sendo registadas informaticamente.

FIL: resposta com almoço para 1.500 pessoas

No dia 28 de abril, a Fundação AIP tinha a decorrer na FIL o primeiro dia do Sabores de Portugal SAGALEXPO, um evento profissional organizado pela Exposalão que contou com a participação de 400 empresas e 3.000 visitantes, dos quais 1.100 internacionais.

Aquando do apagão, o sistema de geradores de emergência arrancou de imediato e as equipas de operações da FIL foram ativadas para dar apoio ao organizador do evento, tendo-se inclusivamente servido almoço a 1.500 pessoas.

O sistema de TIC funcionou sem problemas adicionais ao longo de todo o dia, sem registo de quebras de conectividade nos serviços prestados para o evento, tanto na rede Wired, como na rede Wireless gerida pela MEO.

A iluminação de emergência foi activada conforme previsto, permitindo a utilização segura dos espaços de exposição e a mobilidade das equipas em áreas comuns e técnicas.

O parque de estacionamento da FIL também manteve todos os seus sistemas operacionais. A iluminação de emergência foi activada, garantindo a segurança dos utilizadores, e os sistemas de pagamento e de controlo de acessos continuaram a funcionar normalmente.

No dia 29 de abril a SAGAL abriu, como previsto, às 09h00 com todos os sistemas a funcionar em plenitude, tendo continuado com grande sucesso até ao dia de hoje, 30 de abril, último dia de realização.

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