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Hoje é o Dia da Poupança: comece já a poupar

Hoje é o Dia Mundial da Poupança e este ano a efeméride celebra 100 anos. Criada em outubro de 1924, esta data tinha já o objetivo de alertar os consumidores para a necessidade de gerirem os gastos e de amealhar alguma liquidez, de forma a evitar situações de endividamento ou até sobre-endividamento.
31 Outubro 2024, 08h00

De acordo com os dados recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE), o rendimento disponível bruto (RDB) das famílias aumentou 2,2% face ao trimestre anterior, tendo a taxa de poupança apresentado, no segundo trimestre, uma subida para 9,8%.

Atualmente a taxa de poupança das famílias encontra-se no nível mais elevado desde o início de 2023, atravessando-se ainda um período com as taxas de juro do crédito à habitação e a inflação altas, mas em que se verificam melhorias reais de rendimentos.

Embora a taxa de poupança dos portugueses esteja a subir, na zona euro, segundo dados do Eurostat, essa taxa é bem mais elevada e fixou-se nos 15,7%, no segundo trimestre deste ano.

É fundamental que as famílias interiorizem o hábito de poupar, o que não só ajuda a amealhar dinheiro todos os meses, como permite adotar estratégias para gastar menos.

Se tem a ideia de que o seu dinheiro não chega para ter uma poupança, lançamos-lhe o desafio de adotar algumas estratégias para economizar, canalizando o valor que não gastar canalizar para a poupança.  Não esquecendo que, posteriormente, deverá aplicar a poupança para assim fazer crescer o seu dinheiro.

O valor poupado pode ser para criar um fundo de emergência, fazendo face a imprevistos, por exemplo, uma obra inesperada, um eletrodoméstico que necessita ser substituído, uma situação de baixa ou de desemprego. O fundo de emergência deve ter um valor, no mínimo, correspondente a seis vezes o valor das suas despesas mensais.

Sabe qual o valor que deve destinar mensalmente para a poupança?

Esta resposta depende de vários fatores, como os rendimentos e as despesas.  Existe uma regra em matéria de gestão das finanças pessoais que partilhamos consigo: retire do seu salário e poupe, pelo menos, entre 10% a 20% dos rendimentos líquidos mensais.

Se gosta de regras, pode usar a regra dos 50/30/20, que se traduz em: 50% do rendimento é destinado às necessidades básicas, 30% aos desejos e 20% para poupança ou investimento. Essa divisão pode ajudá-lo a, por um lado, manter equilibrado o seu orçamento e por outro a controlar e limitar o que são os gastos com as suas despesas essenciais. A regra contempla ainda um valor para os desejos, sonhos, lazer e, simultaneamente, destina  uma quantia significativa para o futuro.

Se retirar 10%, 20% não for para si, temos outro desafio de poupança

A poupança dos 12 meses, um desafio que acaba por se revelar divertido e fácil de implementar.

Pode começar com um valor baixo, por exemplo 10€, adicionando todos os meses essa quantia.  Isto significa que, na segunda vez poupará 20 euros e assim sucessivamente. Se seguir este plano partindo do valor inicial de 10€, no final de 12 meses, vai conseguir poupar 780 euros.

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