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Hóspedes do Airbnb preferem estadias mais longas

O facto da pandemia ter libertado as fronteiras dos escritórios, e de ter permitido que os trabalhadores chegassem a mais sítios, mudou o futuro do uso da plataforma de aluguer temporário.
10 Novembro 2021, 16h50

Os hóspedes da Airbnb estão a gastar mais dinheiro em estadias mais longas, revelam novos dados da plataforma. As estadias de longa duração representam agora o tipo de viagem com crescimento mais rápido da plataforma e 20% das noites reservadas na Airbnb entre julho e setembro de 2021.

Com a pandemia, os hóspedes da plataforma optaram por realizar estadias “longas ou prolongadas”, ou seja, com 28 ou mais dias, do que em qualquer outro momento da história da plataforma. De acordo com a Airbnb, estas estadias longas foram possíveis devido ao trabalho à distância, sendo esta “uma nova forma de viajar que transcenderá a pandemia”.

Um estudo encomendado pela Airbnb e realizado em Portugal que incluiu mil adultos, nomeadamente trabalhadores por conta de outrem, mostrou que os portugueses encontraram na pandemia diferentes formas de trabalhar, viver e viajar.

A maioria (88%) planeia viajar no futuro por lazer ou trabalho, a nível doméstico ou internacional, sendo que cerca de 44% dos inquiridos admite planear viagens com foco na flexibilidade de agora.

Após a mudança do trabalho remoto, o wi-fi rápido e fiável tornou-se mais importante para a maioria dos hóspedes da Airbnb. Só no estudo em questão os hóspedes utilizaram o filtro de wi-fi mais de 288 milhões de vezes.

Ainda assim, não só uma boa conexão à Internet é procurada pelos hóspedes. No último ano, mais de 100 mil hóspedes mantiveram-se nos alojamentos durante, pelo menos, três meses e procuraram comodidades que facilitem o estilo de vida.

Na pandemia, as comodidades mais procuradas pelos hóspedes para estadias prolongadas nos últimos meses foram wi-fi, animais de estimação permitidos, cozinhas e máquinas de lavar/secar. Só a procura de alojamentos com wi-fi e recetivos a animais de estimação aumentou 270%, reafirmando o facto das pessoas estarem a viver cada vez mais através da Airbnb.

Durante o terceiro trimestre de 2019, as dez maiores cidades do mundo na Airbnb representaram aproximadamente 11% de todas as noites de estadia. No terceiro trimestre de 2021, estes mesmos destinos representaram menos de 7% de todas as noites desfrutadas. Os principais mercados mundiais atuais incluem Sicília, Var, Pirenéus Atlânticos e Vaucluse. Houve mais noites passadas na Costa Blanca do que em Madrid e mais no Algarve do que em Lisboa.

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