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“IA? Está por medir que valor está a ser criado para o acionista”, realça especialista da KPMG

Rui Gonçalves considera, numa conferência organizada pelo JE em que se debateu o potencial da IA na banca, que “se conseguirmos servir mais clientes com menos custo, por exemplo, estamos a gerar valor para o acionista. É preciso definir como é que isso vai ser medido”.
20 Março 2024, 11h06

Apesar das claras vantagens inerentes ao desenvolvimento da Inteligência Artificial no âmbito do sector bancário, ainda está por apurar o valor criado para o acionista, de acordo com posição defendida por Rui Gonçalves, Partner & Head of Technology Consulting da KPMG Portugal.

O Jornal Económico (JE) promoveu esta quarta-feira um pequeno-almoço de debate sobre o potencial da Inteligência Artificial (IA) no sector bancário, no âmbito da publicação de um “Special Report” estará nas bancas com o JE a 22 de março e no qual constam análises os grandes desafios e oportunidades que a banca tem pela frente.

Entre outros temas, debater-se-á a geração de valor que a IA poderá ter na banca de retalho, no corporate banking e na gestão de risco, seja a nível de soluções tradicionais de automação e de analítica seja através de tecnologias mais avançadas e IA generativa.

“Há um tema que na minha perspectiva tem que ser considerado desde a fase inicial que passa por medir de facto que valor está a ser criado para o acionista e sabemos que muito do valor é subjetivo como a comunicação referente à sofisticação”, começou por referir este especialista.
Rui Gonçalves considera que “se conseguirmos servir mais clientes com menos custo, por exemplo, estamos a gerar valor para o acionista. É preciso definir como é que isso vai ser medido”.
“Um dos casos de maior sucesso de IA generativa são situações de geração de código para reduzir a dívida técnica (que vem muito do legado dos anos 80) e isso não está visível ao cliente”, explicou.
Este partner & head of Technology Consulting da KPMG Portugal alertou ainda que “temos que ter em consideração o risco porque a introdução de novas tecnologias vai resolver uns problemas e trazer outros porque a banca é regulada e há situações de risco que podem ser potenciadas através do desenvolvimento destas tecnologias. Há que existir um conjunto de princípios éticos e de segurança”.
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