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“Ideia de que governar por decreto resolve o problema não faz sentido nenhum”, aponta Marques Mendes

Luís Marques Mendes assume que o facto do novo Governo ser minoritário é uma dificuldade séria. Sobre as escolhas dos novos ministros e secretários o comentador defende que “há questões de ética e credibilidade que têm de ser bem vistas”.
24 Março 2024, 22h12

Luís Marques Mendes não vê com bons olhos uma liderança governamental por decreto-lei. No seu espaço de análise política na “SIC” o comentador referiu que “a ideia de que o Governo vai governar por decreto e dessa maneira resolve o problema de ser Governo minoritário não faz nenhum sentido”.

De resto, o comentador salientou que este o facto do novo Governo ser minoritário “é uma dificuldade séria” e que nas matérias que têm de passar pelo Parlamento terá dialogar com os outros partidos políticos.

Sobre a escolha dos novos ministros e secretários de Estado que vão ser anunciados na próxima quinta-feira, Luís Marques Mendes considera ser importante que Luís Montenegro perceba que “há questões de ética e credibilidade que têm de ser bem vistas”, isto porque, qualquer ministro e secretário vai ser altamente escrutinado.

O comentador classificou de “importância capital” para o Governo ter sucesso a escolha do líder parlamentar do Partido Social Democrata (PSD) na Assembleia da República. “Só há uma pessoa capaz de desempenhar essa função, que é o secretário-geral Hugo Soares”, salientou Marques Mendes.

Sobre o Orçamento Retificativo, o analista político realçou que não vai ser possível dar 100% das reinvidicações a todas as corporações (médicos, militares, polícias, professores), deixando o alerta de que há neste momento um problema sério em Portugal que é a ilusão de que há dinheiro para tudo.

“Não podendo aceder a 100% das reinvidicações, o novo Governo pode ter alguma contestação e se isso acontecer e tiver um certo aval do Chega e PS na passagem do Orçamento Retificativo só pode ficar contente. Não acho que seja uma armadilha até pode ser uma oportunidade de diálogo com resultados”, referiu.

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