O líder da IL partilhou hoje com o Presidente da República a preocupação com a “situação chocante” na saúde e responsabilizou o primeiro-ministro, considerando que o problema não se resolve “com remendos”, mas sim com reformas estruturais.
Uma comitiva da IL foi recebida esta manhã no Palácio de Belém, em Lisboa, dois dias depois de ter pedido uma audiência urgente a Marcelo Rebelo de Sousa devido à situação no setor da saúde.
“A mensagem que passamos é: ou António Costa é capaz, no imediato, de resolver estas questões ou então o país tem um problema para resolver e esse problema chama-se António Costa. Uma mensagem muito clara que quisemos deixar ao senhor Presidente da República”, disse Rui Rocha aos jornalistas à saída deste encontro que demorou cerca de uma hora.
O líder da IL fez questão de agradecer ao Presidente da República o facto de ter aceitado este “pedido de audiência urgente” e ser recebido ao “domingo de manhã”.
“Creio que isso testemunha a própria preocupação que o senhor Presidente da República tem relativamente a estas matérias, preocupação que foi partilhada no decurso desta conversa e também esta visão de que estes fenómenos que estão a acontecer são fenómenos que se não houver uma intervenção estrutural no sistema vão-se repetir”, afirmou.
Responsabilizando, mais do que uma vez, o primeiro-ministro socialista por esta situação, Rui Rocha reiterou a “visão estrutural” que o partido tem para a saúde e recordou a proposta de uma nova Lei de Bases da Saúde recentemente discutida no parlamento, considerando que este problema já não se soluciona “com remendos”.
“Ouvimos ainda ontem [sábado] o diretor executivo do SNS dizer ‘vamos trabalhar em rede’. O que é que estas pessoas andam a fazer? É preciso chegar quase ao colapso do SNS para se lembrarem que a forma de gestão corrente, normal é trabalhar em rede?”, criticou, questionando o que “andam a fazer” o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, e o próprio Fernando Araújo.
O líder da IL questionou ainda qual é a visão do PS para o SNS, considerando que passa por “remendar aqui, discutir ali, empurrar com a barriga”, mas também a dos sociais-democratas: “qual é a visão do PSD para o SNS? Alguém conhece? Ninguém conhece”.
“Os outros partidos estão a gerir taticamente e do ponto de vista da agenda política os seus interesses. Não é isso que nos preocupa”, criticou.
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