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“Vamos faturar seis a oito milhões de euros em 2023”. Imobiliária de luxo norte-americana define objetivo para Portugal

A ‘The Agency Portugal’ pretende ter mil imóveis em carteira em 2023, tendo como objetivo vender 200 habitações para faturar no final do ano entre seis a oito milhões de euros. “Portugal é um dos países com o mercado imobiliário mais dinâmico e um dos mais apetecíveis, quer para morar, quer para investir”, revelou o sócio-gerente em entrevista ao JE.
7 Fevereiro 2023, 12h35

O segmento de luxo imobiliário em Portugal conta a partir desta terça-feira, 7 de fevereiro com mais um player no mercado com a chegada da ‘The Agency Portugal’, a sucursal nacional da empresa norte-americana.

Conhecida por fazer parte de programas de televisão internacionais como ‘Million Dollar Listing Los Angeles‘, ‘The Real Housewives of Beverly Hills‘, e ‘Buying Beverly Hills‘, que estreou na Netflix a 4 de novembro de 2022, a entrada oficial em Portugal está marcada para as 17h.

O escritório português será liderado pelo sócio gerente, Ayres Neto. Em entrevista ao Jornal Económico (JE), este responsável traça os objetivos definidos para o mercado nacional, bem como as razões que levaram a empresa norte-americana a escolher o nosso país para investir.

Qual será o principal mercado de atuação no país?
Não existe um mercado principal. Existem múltiplos mercados porque cada cliente vem à procura de algo em particular e os tipos de clientes variam de país para país. Felizmente, em Portugal podemos encontrar ofertas para satisfazer todos os tipos de necessidades e exigências. Os benefícios fiscais são transversais, mas são apenas um dos motivos de atração. Por exemplo, o cliente dos Estados Unidos ou Canadá vem pelo clima e qualidade de vida, muitos já na idade da reforma, mas outros, devido ao teletrabalho, vêm cada vez mais cedo, ainda em idade laboral.  O comprador da Califórnia tem entre 28 e 50 anos e vem à procura de um estilo de vida mais sustentável. O cliente brasileiro vem para escapar à violência, procura estabilidade política e social, e também qualidade de vida. O cliente do Norte da Europa vem principalmente pelo clima. O curioso é que temos notado que aqueles que vêm até nós neste segmento mais premium são pessoas que querem viver em Portugal, mais do que apenas investir.

O público-alvo será maioritariamente português?
Apesar de existir a ideia que os compradores do segmento de luxo são sobretudo estrangeiros, a verdade é que é uma ideia errada. Existe uma percentagem significativa de compradores nacionais que adquirem imóveis neste segmento, para 1ª habitação, 2ª habitação ou até para investimento. No caso da The Agency, acreditamos que vamos ter uma percentagem equilibrada entre nacionais e estrangeiros, até porque no caso dos portugueses, eles são nossos clientes não só do ponto de vista do comprador, mas sobretudo do vendedor.

Quais os objetivos definidos para este ano em Portugal?
Durante o primeiro ano de atividade pretendemos ter cerca de mil imóveis em carteira, que podem valer 500 milhões de euros. Se tudo correr como previsto, venderemos cerca de 200 imóveis e vamos faturar 6 a 8 milhões de euros em 2023.

Que razões levaram a optar pela entrada em Portugal?
Portugal é um dos países com o mercado imobiliário mais dinâmico e um dos mais apetecíveis, quer para morar, quer para investir. Por isso, é considerado a porta de entrada na Europa para as empresas que pretendem iniciar a expansão do seu negócio neste continente. Além disso, é também um dos destinos preferidos dos estrangeiros para viver e investir, por isso quando a The Agency começou a definir o seu plano de expansão, Portugal estava no topo das prioridades. Como o mercado do luxo também tem vindo a crescer no nosso país, a escolha foi óbvia. Para além dos argumentos que já mencionei, Portugal tem o 7º maior EPI (English Proficiency Index) do mundo, o que o torna muito interessante para os clientes internacionais, oferece segurança, qualidade de vida, um clima ameno praticamente todo o ano, excelente oferta pública e privada de saúde e educação e uma oferta cultural e gastronómica de excelência. Como a The Agency procura parceiros para cada novo mercado, uma vez tomada a decisão, procuraram um parceiro local com um profundo conhecimento do mercado imobiliário de luxo para os acompanhar nesta aventura. E acabaram por me convidar para sócio gerente da The Agency Portugal.

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