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Imobiliário: sector precisa de estabilidade legislativa e segurança jurídica, avisam especialistas

O sector imobiliário esteve em debate esta terça-feira no Advisory Summit que decorreu em Lisboa e contou com a organização. Especialistas alertaram para a falta de segurança jurídica que pode refrear o ímpeto dos investidores no panorama imobiliário.
16 Julho 2024, 10h19

O sector imobiliário em Portugal está carente de estabilidade legislativa e segurança jurídica, de acordo com análise de Francisco Lino Dias, partner da PLMJ, de acordo com a opinião expressa pelo especialista no painel “The Portuguese Real  Estate Outlook” no evento Advisory Summit que decorreu esta terça-feira em Lisboa.

O Jornal Económico promove esta terça-feira o primeiro grande encontro do projeto JE Advisory, para debater temas como o impacto da Inteligência Artificial no panorama jurídico, regulatório e dos negócios, o papel da inovação nos serviços jurídicos, as perspetivas para o mercado imobiliário e para o M&A em Portugal, entre outros.

“Estabilidade legislativa e segurança jurídica é um dos grandes problemas do imobiliário em Portugal assim como de outros sectores”, começou por referir este especialista.

No entender de Francisco Lino Dias, “não é natural que o legislador esteja sempre a colocar-se entre as partes e a influenciar a decisão dos investidores. É fundamental criar esta estabilidade e esta segurança no sector sob pena de que por mais biliões que haja ninguém vai investir esse dinheiro”.

Relativamente à segurança jurídica, destaca o partner da PLMJ que “o investidor pode estar desmotivado para litigar junto dos tribunais portugueses mas esse é um problema absolutamente transversal a outros sectores”.

No mesmo painel, João Bugalho, CEO Arrow Global Group Portugal, destacou que a Arrow “tem um fortíssimo peso de compras a dinheiro em que as pessoas não necessitam de crédito à habitação. Estamos a apostar na construção a custos controlados”, revelou.

“As medidas do lado da procura são simpáticas mas temos que conseguir estimular a oferta de forma significativa ou não vamos conseguir resolver o problema”, realçou.

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