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Imparidade IFRS 9: Mensagens do mais recente survey da EY

Os impactos nos processos operacionais e no reporte financeiro são claros não serão limitados ao período de transição até à data de adoção.
22 Setembro 2017, 09h15

Com a rápida aproximação de 1 de Janeiro de 2018, os Bancos estão a trabalhar para se preparem para o novo mundo da imparidade de crédito à luz da IFRS 9. O volume de melhorias na organização, dados, sistemas, modelos quantitativos e goverrnance implica um esforço coordenado de implementação.

Em 2017, a EY realizou o seu terceiro survey a 29 instituições de larga escala para avaliar o estado de preparação das instituições para a entrada do programa de IFRS 9, com particular enfâse na imparidade. Os principais resultados são:

  • Espera-se um abrangente aumento da imparidade: A maioria dos respondentes referiu que esperava um incremento até 15% nas diferentes carteiras
  • Impacto em capital: por via de um aumento da imparidade os bancos esperam também uma diminuição dos seus rácios de capital (Para o CET 1, o impacto que a maioria estima é até 0,25%)
  • 90% das exposições serão alocadas ao stage 1: com as restantes a dividirem-se 7,5% para o stage 2 e 2,5% para o stage 3, de acordo com as informações dos bancos participantes
  • A maior parte dos bancos espera um impacto inferior a 10% proveniente dos cenários económicos: No que respeita ao número de cenários considerados, a prática mais comum é considerar 3 cenários distintos estimados utilizando dados recolhidos de fontes externas
  • Apenas 20% dos bancos irão divulgar números preliminares antes do último quadrimestre de 2017: Na mesma linha, a maioria dos bancos afirma que só realiza cálculos paralelos (parallel runs) a partir da segunda metade do ano
  • Prevê-se que as abordagens aos modelos operativos e de controlo sofram alterações, embora os bancos estejam aguardar a entrada em vigor para que estas sejam efetivadas

Os impactos nos processos operacionais e no reporte financeiro são claros não serão limitados ao período de transição até à data de adoção. Adaptações e melhorias serão realizadas durante 2018 e, potencialmente, 2019.

Por fim, não se pode deixar de enfatizar que a IFRS 9 terá um impacto fundamental nas várias estratégias de negócio bancário desde o desenvolvimento de produtos e a formação de preços até à forma como o risco de crédito será mitigado, possivelmente através de reforço das convenções de empréstimo (covenants), aumento das garantias solicitadas e/ou redução prazos de maturidade.

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