O prejuízo da Impresa agravou-se em 33 vezes no ano passado, face a 2023, para 66,2 milhões de euros, devido ao impacto de provisões e imparidades, informou a empresa esta quinta-feira, 13 de março, em comunicado.
A revisão do goodwill (valor dos ativos intangíveis) elevou à assunção de 60,7 milhões de euros de imparidades, o que não tem impacto na operação ou na tesouraria do grupo.
“Durante o exercício de 2024, face à evolução de determinadas atividades nos segmentos de Televisão e da Infoportugal, bem como à tendência perspetivada dos
principais mercados onde estas se enquadram, foram revistos os pressupostos-chave utilizados nos testes de imparidade destes negócios”, explica a empresa.
Acrescem provisões de 5,3 milhões de euros para precaver o desfecho do processo judicial relacionado com a GDA – Cooperativa de Gestão dos Direitos dos Artistas Intérpretes ou Executantes, em que a Impresa foi condenada em 5,8 milhões de euros.
Sem estes valores, os resultados líquidos continuariam negativos em 200 mil euros, o que representa uma melhoria face a 2023.
As receitas totais consolidadas da Impresa aumentaram 0,2% no período em análise, para 182,3 milhões de euros, enquanto os custos operacionais 1,6%, para 163,8 milhões de euros, sem considerar amortizações, depreciações, provisões e perdas por imparidade em ativos não correntes.
Os resultados antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) subiram 19,5%, para 18,4 milhões de euros, mas considerando o EBITDA recorrente, registou-se uma quebra de 16,9%.
Em 2024, a dívida também subiu, pelo segundo ano consecutivo, aumentando 13,3%, para 130,9 milhões de euros.
“O agravamento dos resultados financeiros decorre, não apenas da subida das taxas de juro, mas também dos custos de lançamento das Obrigações SIC 2025-2028”, refere o grupo.
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