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‘Impeachment’: Relatório conclui que Trump colocou “interesses pessoais à frente dos Estados Unidos”

A Casa Branca já reagiu, classificando a investigação como “um embuste unilateral” que falhou no objetivo de “apresentar qualquer prova de má conduta”.
4 Dezembro 2019, 12h55

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, “colocou os seus interesses pessoais e políticos à frente dos interesses dos EUA”, conclui relatório preliminar do comité de informação da câmara dos representantes relativo ao processo de impeachment (destituição), motivado pela alegada pressão da Casa Branca sobre o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski. Objetivo? “Favorecer a sua campanha de reeleição em 2020”, aponta o documento, citado pelo “The New York Times” na terça-feira.

O relatório indica que Trump prejudicou o regime político norte-americano, visto que “o inquérito no âmbito do processo de destituição mostrou que o Presidente Trump, pessoalmente e através de agentes solicitou a ingerência de um país estrangeiro, a Ucrânia, para favorecer a sua campanha de reeleição em 2020”.

Para o Partido Democrata, que faz oposição a Trump, apoiado pelo Partido Republicano, as conclusões referidas indicam que o atual presidente dos EUA abusou do seu poder.

Segundo o jornal norte-americano, apesar de ter sido concluído que Trump procurou “minar a democracia americana” e depois “trabalhou para ocultar do congresso as suas ações”, a decisão final de recomendação de impeachment a Trump, porém, será tomada por outro comité – o comité judicial da câmara dos deputados.

A Casa Branca já reagiu, classificando a investigação como “um embuste unilateral” que falhou no objetivo de “apresentar qualquer prova de má conduta”.

Donald Trump é suspeito de ter pressionado o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, a investigar uma empresa ucraniana onde o filho do antigo vice-presidente dos EUA, Joe Biden, potencial candidato presidencial do Partido Democrata em 2020, em troca de uma ajuda militar dos Estados Unidos.

Se o relatório final for aprovado por maioria simples na câmara dos representantes, o processo de destituição a Trump segue para o Senado, sendo necessária uma maioria de dois terços para a destituição do presidente. É a terceira vez que um presidente norte-americano enfrenta um impeachment, sendo que nenhum acabou destituído.

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