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Impeachment: Senado permite testemunhas e decisão do julgamento poderá ser adiada

A votação no Senado, de 55-45 a favor da permissão de testemunhas, significa que é improvável que a decisão do julgamento chegue ao fim ao dia de hoje. Sabe-se que a favor desta decisão votaram todos os democratas e cinco republicanos, nomeadamente Susan Collins, Mitt Romney, Ben Sasse e Lisa Murkowsji, que estão contra as ações de Trump desde o início deste processo.
  • Senado dos Estados Unidos
13 Fevereiro 2021, 17h24

O Senado votou este sábado a favor da presença de testemunhas no julgamento do impeachment ao ex-presidente Donald Trump, sendo que esta decisão estende o processo e a decisão final relativamente à condenação de Trump pela incitação do motim no Capitólio, revela a “Reuters”.

Os democratas presentes na discussão, e que coordenam a acusação neste caso, pediram a intimidação da congressista Jaime Herrera Beutler como testemunha, uma vez que a congressista disse em público que Trump tinha contactado o congressista Kevin McCarthy no dia da invasão ao edifício da democracia e se tinha colocado ao lado da multidão.

Após este pedido dos democratas, os advogados de defesa de Donald Trump pediram para chamar mais de 100 testemunhas com o intuito de “descobrir a verdade”.

A votação no Senado, de 55-45 a favor da permissão de testemunhas, significa que é improvável que a decisão do julgamento chegue ao fim ao dia de hoje. Sabe-se que a favor desta decisão votaram todos os democratas e cinco republicanos, nomeadamente Susan Collins, Mitt Romney, Ben Sasse e Lisa Murkowsji, que estão contra as ações de Trump desde o início deste processo.

O quinto voto favorável pelas presença de testemunhas surgiu de Lindsey Graham, um fiel apoiante do ex-presidente, que mudou o sentido de voto para provocar o adiamento forçado do processo de impeachment.

De acordo com a publicação, um julgamento mais demorado pode afetar os esforços do atual presidente Joe Biden em afastar-se das controvérsias do seu antecessor, seguir com uma agenda legislativa que se foca no alívio dos efeitos provocados pela pandemia e no renascimento da economia dos Estados Unidos.

O julgamento tem-se concentrado na quantidade de informação que Donald Trump sabia sobre as ações dos manifestantes que causaram a violenta invasão do Capitólio a 6 de janeiro. Os democratas acusam o antigo presidente dos EUA de tentar impedir que os legisladores certificassem a vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais de 3 de novembro.

Apesar deste impasse, a condenação de Trump continua a ser vista como improvável, uma vez que seriam necessários 17 republicanos para se juntarem aos 50 democratas para declarar o ex-presidente como culpado. Caso seja condenado, Trump pode ser impedido de voltar a concorrer a um cargo presidencial.

Mitch McConnell, o líder dos republicanos no Senado, já admitiu que irá votar pela absolvição de Donald Trump, contrariando as suas últimas declarações públicas. Recentemente, McConnell admitiu que Trump incitou a multidão a invadir o Capitólio. “A multidão foi alimentada com mentiras. Foram provocados pelo presidente e por outras pessoas poderosas”, disse o líder republicano no fim de janeiro.

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