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Incêndio da Madeira mantém duas frentes ativas

O incêndio da Madeira, que se iniciou a 14 de agosto, tem duas frentes ativas, uma na Ponta do Sol, e outra na cordilheira central.
22 Agosto 2024, 10h31

O incêndio da Madeira, que se iniciou a 14 de agosto, tem duas frentes ativas, uma na Ponta do Sol e outra na cordilheira central, sendo que a última é aquela que desperta maior preocupação. Esta quinta-feira devem chegar à Região dois aviões Canadair.

“Neste momento, continuamos com duas áreas que nos causam preocupação, principalmente na Achada do Teixeira, no Pico Ruivo, na cordilheira central da ilha da Madeira. Nesta zona, durante a noite tivemos algumas evoluções por ação do vento, tendo o fogo progredido na encosta este do Pico Ruivo e que está a descer para a Fajã da Nogueira, que é uma zona que preocupa”, disse António Nunes, à Lusa, que acrescentou que as chamas estão também a progredir de forma descendente em direção a norte para o Caldeirão do Inferno, também no concelho de Santana, que preocupa igualmente por ser na floresta laurissilva.

“Na laurissilva, o fogo está a progredir de forma mais lenta. Ao redor daqueles montes é impossível controlar pois não é possível chegar àquelas escarpas pois as encostas são muito abruptas”, disse o presidente da Proteção Civil.

António Nunes disse que quanto à frente da Ponta do Sol esta tem vindo a progredir devido ao vento.

Refira-se que a Região Autónoma solicitou à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) um reforço de elementos da Força Especial de Proteção Civil, profissionais que estava previsto chegarem à Região na passada quarta-feira.

Para esta quinta-feira é esperada a chegada de dois aviões Canadair.

Na passada quarta-feira o presidente do Governo Regional da Madeira, Miguel Albuquerque, respondeu a algumas das críticas de que o executivo tem sido alvo relativamente à sua atuação no incêndio, que deflagra desde 14 de agosto na Madeira. O governante disse que “avaliamos os incêndios em função dos resultados”.

O governante referindo-se à sua interrupção, no sábado, das férias, no Porto Santo, para ir à ilha da Madeira, acompanhar os incêndios, e ter regressado ao Porto Santo um dia depois, disse “a mim ninguém me dá lições, porque eu, ao contrário de outros, nunca deleguei as minhas responsabilidades em ninguém, nem disse que a culpa era dos técnicos”.

Albuquerque salientou que “assume as suas responsabilidades políticas”, e apelou a que se baixe a “retórica alarmista”.

Aumenta também a pressão política sobre o executivo madeirense para a demissão do secretário regional da Saúde e Proteção Civil, Pedro Ramos. A Iniciativa Liberal (IL) já pediu a demissão de Pedro Ramos.

A força partidária considera que o executivo regional tem gerido o combate ao incêndio de “forma desastrada”.

“Consideramos que existem fortes indícios que a resposta inicial não terá sido célere e adequada, o que terá contribuído para a propagação do incêndio, bem como que os meios disponíveis não terão sido geridos e utilizados de forma eficaz e correta”, disse a IL.

O Chega quer também a demissão de Pedro Ramos a par do presidente da Proteção Civil e do presidente do Instituto das Florestas e da Conservação da Natureza (IFCN).

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