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Incêndios: Presidente do parlamento da Madeira quer mais 2 meios aéreos para a região

José Manuel Rodrigues considerou que “há uma lição a tirar destes incêndios”, sublinhando que “é absolutamente necessário que a região disponha de mais meios de combate aos fogos florestais”.
18 Agosto 2024, 14h58

O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, defendeu este domingo que o Estado deve assegurar à região mais dois helicópteros para combate a incêndios.

“O que eu proponho é que o Estado ponha na região dois meios aéreos e assuma os custos desses meios aéreos na defesa do território contra incêndios ou outras calamidades para defender também os madeirenses, que são portugueses que estão no Atlântico”, afirmou, numa visita às zonas afetadas pelos fogos.

José Manuel Rodrigues considerou que “há uma lição a tirar destes incêndios”, sublinhando que “é absolutamente necessário que a região disponha de mais meios de combate aos fogos florestais”.

“Essa lição vai no sentido de termos mais meios, quer humanos, quer meios aéreos de combate aos fogos”, reforçou.

A Madeira dispõe atualmente de um meio aéreo de combate aos incêndios, que também tem sido utilizado em operações de resgate em percursos pedestres.

O presidente da Assembleia Legislativa Regional reconheceu que o helicóptero, cujo custo tem sido assumido pelo Governo insular, tem sido “extremamente útil” e insistiu que “deve ser o Estado a assumir a defesa do território e também das pessoas e bens”.

José Manuel Rodrigues afirmou também que aquilo que encontrou no terreno “é desolador”, endereçando apoio e solidariedade às populações afetadas pelos incêndios.

“Há alguns prejuízos, quer em casebres, quer em palheiros, quer em terrenos agrícolas, há danos ambientais difíceis de recuperar, mas onde devemos apostar para recuperar, reabilitar a nossa paisagem e dar também uma palavra de incentivo e de apoio aos muitos operacionais que há cinco dias andam a combater estes diversos focos de incêndio”, acrescentou.

A Madeira está a ser atingida por um incêndio que deflagrou na manhã de quarta-feira na Serra de Água, concelho da Ribeira Brava, numa zona de difícil acesso, e alastrou depois ao município vizinho de Câmara de Lobos.

Pelo menos 160 pessoas foram retiradas das suas habitações devido ao incêndio, nos dois concelhos, disse hoje à Lusa fonte da Secretaria Regional de Saúde e Proteção Civil da Madeira.

De acordo com o último balanço divulgado pelo Serviço Regional de Proteção Civil, às 08:30, estavam ativas três frentes, nas áreas do Curral das Freiras e Fajã das Galinhas, no concelho de Câmara de Lobos, e na Serra de Água, no município contíguo a oeste, Ribeira Brava.

Os incêndios estão a ser combatidos por 120 operacionais de todos os corpos de bombeiros da região, apoiados por 43 veículos e o meio aéreo que já iniciou as operações, sendo que a região conta a partir de hoje com o apoio dos 76 elementos da força conjunta da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil.

O Plano Regional de Emergência de Proteção Civil da Região Autónoma da Madeira (PREPCRAM) foi ativado para responder “à gravidade da situação vivenciada”.

Todas as regiões da Madeira são as únicas do país a estar sob aviso laranja do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) para tempo quente, e que é amarelo para a ilha do Porto Santo.

O aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é emitido pelo IPMA sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica, enquanto o aviso laranja (o segundo nível) é emitido quando existe situação meteorológica de risco moderado a elevado.

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