A desindustrialização provocou cortes ao nível do mercado de trabalho por toda a União Europeia. Em 2023, e entre os 27 Estados-membros, existiam menos 853 mil postos de trabalho ao nível do sector industrial comparativamente a 2019. Uma análise da Confederação Europeia de Sindicatos (ETUC) alerta para os dados do Eurostat, o escritório de estatísticas da UE.
Em Portugal, os números recuaram em 18,8 mil postos desde 2019, o que corresponde ao décimo decréscimo mais forte nos países em estudo. Em termos relativos, trata-se de uma perda de 2,3% dos postos de trabalho na indústria, abaixo da média europeia (2,6%).
Os dados foram indicam que a maior queda foi registada na Polónia, com menos 278 mil postos de trabalho em 2023 do que em 2019. Seguiram-se Roménia (144 mil) e Alemanha (129 mil). Em termos relativos, os recuos mais acentuados observaram-se na Croácia e Eslovénia (ambas em 14%), seguidas pela Bulgária (13%) e República Checa (11%).
A organização sindical sublinha a necessidade de ser estabelecido, pela UE, um “investimento permanente” com força suficiente para “apoiar todos os Estados-membros e regiões”, sublinhando que o dinheiro público deveria ter maior peso na “criação de empregos de qualidade”, de acordo com a posição da ETUC.
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