O ventilador PNEUMA, “verdadeiramente projetado pela engenharia nacional e desenvolvido pela indústria portuguesa” – ou seja, é “um ventilador made in Portugal”, como referiu ao Jornal Económico o vice-presidente da CIP e vice-presidente da Associação dos Industriais Metalúrgicos, Metalomecânicos e Afins de Portugal (AIMMAP), Rafael Campos Pereira –, é um “projeto concretizado”, com “produção bem sucedida e concluída”, diz.
Este é “o contributo dado pela indústria metalúrgica e metalomecânica nacional ao combate à crise sanitária da Covid-19”, promovendo, assim, “a capacidade de produção portuguesa de um equipamento técnico hospitalar essencial para salvar vidas”, refere Campos Pereira, designadamente entre os doentes internados nas unidades de cuidados intensivos que constituem a primeira linha de luta contra a Covid-19, decisivo para que os médicos e enfermeiros consigam ter sucesso a evitar mortes.
Este contributo é prestado pelo segmento da indústria que nunca parou a laboração durante a crise em curso e que em 2019 foi responsável por um volume de exportações da ordem dos 20 mil milhões de euros, com um volume de negócios estimado em 32 mil milhões de euros.
“Inicialmente estava pensado para ser um ventilador de Classe 1, mas será de Classe 2A. Neste momento, a primeira série de dez ventiladores está concluída, e estamos nesta fase a aguardar a certificação por parte do Infarmed”, revela Campos Pereira.
“Esperamos, no imediato, que não venha a ser necessário, mas é importante para que seja reforçada a capacidade de Portugal enfrentar o problema com meios próprios, embora a situação tenha evoluído de uma forma que já parece que podem não vir a ser necessários”, considera o vice-presidente da CIP.
“No entanto, pode ser importante não só em Portugal, mas em outros países com os quais temos ligações”, refere Campos Pereira.” “Por isso não sabemos se vão ser úteis. Esperemos que não venham a ser necessários. Mas é sempre importante estarmos preparados para qualquer eventualidade. Nessa perspetiva existe já esta produção de dez e vão ser fabricados mais 200”, informa o responsável da AIMMAP.
Quanto ao custo deste projeto, Campos Pereira refere que “o investimento em engenharia será à volta de 300 mil euros, mas para todos os efeitos a engenharia é oferecida pelo INESC TEC, e ainda há um apoio da parte da Metal Portugal e da própria AIMMAP – financiámos a primeira séria com 20 mil euros”.
Também “há o apoio de muitas empresas que viabilizaram a produção do primeiro ventilador made in Portugal”, adianta o vice-presidente da CIP, considerando que, “o mais importante é que está pronto e, além disso, que estes ventiladores já fizeram os testes pré-clínicos”. “Esperamos que esteja para muito breve a certificação do Infarmed”, diz, explicando que, “tecnicamente, um ventilador de classe 2A é mais sofisticado que um ventilador de classe 1, incorpora mais sensores e tem mais tecnologia e desempenha mais funções”.
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