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INE confirma que economia portuguesa afundou 7,6% em 2020

A quebra do consumo privado, a queda nas exportações e a crise no turismo contribuíram para a degradação da economia portuguesa no ano passado.
  • Lisboa, Portugal
26 Fevereiro 2021, 11h05

O Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmou hoje a queda histórica da economia nacional em 2020 devido à pandemia da Covid-19, depois da estimativa no início de fevereiro ter apontado para igual recuo.

“Em 2020, o PIB contraiu 7,6% em volume (crescimento de 2,5% em 2019), refletindo os efeitos marcadamente adversos da pandemia COVID-19 sobre a atividade económica”, segundo o INE.

“Para esta variação do PIB, a procura interna apresentou um contributo negativo expressivo (-4,6 p.p. que compara com +2,8 p.p. em 2019), devido, sobretudo, à contração do consumo privado. A procura externa líquida acentuou o contributo negativo em 2020 refletindo sobretudo a diminuição sem precedente das exportações de turismo”, destaca o Instituto em comunicado divulgado esta sexta-feira, 26 de fevereiro.

Em relação ao quarto trimestre, o PIB recuou 6,1% em termos homólogos nos três últimos meses, depois de ter registado um recuo de 5,7% no terceiro trimestre. “O contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB foi menos negativo, passando de -3,5 pontos percentuais (p.p.) no 3º trimestre para -2,7 p.p., em resultado sobretudo da diminuição menos intensa do Investimento, enquanto o consumo privado registou uma redução mais pronunciada”.

Já a procura externa líquida “apresentou um contributo mais negativo no 4º trimestre, passando de -2,1 p.p. no trimestre anterior para -3,5 p.p., verificando-se uma contração mais intensa das Exportações de Bens e Serviços (-14,1%) que a observada nas Importações de Bens e Serviços (-6,5%)”, segundo o INE.

Face ao terceiro trimestre, o PIB cresceu 0,2% no quarto trimestre com este crescimento a ser “determinado pelo contributo da procura interna”. Esta percentagem contrasta com as performances díspares registadas nos trimestres anteriores : -13,9% entre o primeiro e o segundo trimestre; +13,3% entre o segundo e o terceiro trimestre.

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