A inflação em Portugal voltou a recuar em termos homólogos em junho, abrandando de 3,1% para 2,8%. Os bens alimentares, os principais responsáveis pela subida no mês anterior, registaram um crescimento menos expressivo, mas a componente energética voltou a acelerar.
A leitura rápida publicada pelo INE esta sexta-feira aponta para 2,8% de variação homóloga no índice de preços no consumidor, uma subida motivada sobretudo por nova aceleração dos bens energéticos, que avançaram 9,4% face a 7,8% no mês anterior. Já os bens alimentares não-transformados abrandaram ligeiramente, passando de um avanço de 2,5% em maio para 2,0% em junho.
Ignorando estas categorias tipicamente mais voláteis dos bens alimentares e energéticos, a inflação subjacente terá sido de 2,3%, ou seja, abaixo dos 2,7% do mês anterior.
Já em cadeia, a inflação de junho foi nula, isto depois de o indicador ter crescido 0,2% em maio. Em junho do ano passado, a inflação em cadeia havia sido de 0,3%.
A leitura de junho segue-se ao máximo de oito meses registado no mês anterior, uma subida à altura causada sobretudo pelos bens alimentares. Também a componente dos transportes, comunicações e restauração e hotelaria aceleraram naquele mês, embora a subida do indicador de preços fosse já expectável.
Olhando para o índice harmonizado, a referência usada pelas instituições europeias, o INE estima uma variação homóloga de 3,1% em junho, significativamente abaixo dos 3,8% registados no mês anterior. Explica o gabinete de estatísticas que a descida se explica maioritariamente pela “redução dos preços dos hotéis, cuja aceleração registada em maio se deveu essencialmente a um evento cultural de dimensão relevante ocorrido em Lisboa”.
[notícia atualizada às 11h19]
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