O índice de preços ao consumidor (CPI) na Argentina registou um aumento anual de 102,5% em fevereiro passado, informou o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) citado pelo “El Pais”.
Esta é a primeira vez que a taxa de inflação do país sul-americano chega a três dígitos desde 1991, quando tentou sair da hiperinflação do período 1989-1990. A Argentina acumulou inflação de 13,1% nos dois primeiros meses do ano, bem acima dos 8,8% do mesmo período de 2022.
Os preços ao consumidor aumentaram 6,6% no segundo mês do ano em relação ao período homólogo do passado, o que representa uma subida em relação à taxa de 6% do mês anterior.
Apesar de no final de 2022 a tendência ascendente da inflação ter mostrado alguma contenção, com subidas mensais na ordem dos 5%, os preços voltaram a situar-se acima dos 6% ao mês em janeiro e fevereiro, à semelhança do que acontecia até ao mês passado de outubro.
Foi possível notar a escalada no preço dos alimentos na Argentina apesar do novo acordo de preços para produtos de grande consumo lançado pelo Governo no início de fevereiro.
Além da crise energética que afeta outros países, a forte seca registada na Argentina impactou os preços dos alimentos, assim como os aumentos pendentes das tarifas do serviço público e a dinâmica de recomposições salariais em ano de eleições presidenciais.
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