A taxa de inflação na zona euro recuou para 6,9% em março, um recuo considerável em relação aos 8,5% do mês anterior, mas com o indicador subjacente a voltar a subir. Este foi o valor mais baixo desde fevereiro do ano passado, beneficiando também de um efeito base que levou a uma descida mais pronunciada em termos homólogos.
Em cadeia, a inflação na zona euro em março foi de 0,9%, ou seja, continuou a registar uma variação positiva.
Ainda assim, também a energia continuou a desempenhar um papel fundamental no fenómeno dos preços. A componente energética registou uma variação homóloga negativa, caindo 0,9%, um resultado que contrasta com os 13,7% de aumento do mês anterior. Tal explica-se pela comparação em relação a igual período do ano passado ser feita com valores já relativamente elevados, ou seja, por um forte efeito base.
Já os bens alimentares não processados voltaram a acelerar, passando de 13,9% em fevereiro para 14,7% em março.
A má notícia veio com a inflação subjacente, que continua a sua trajetória de crescimento: o indicador core subiu 0,1 pontos percentuais (p.p.) em relação ao mês anterior, saltando para 5,7% e complicando ainda mais a possibilidade de uma pausa no ciclo de aumentos da taxa de juro no bloco da moeda única.
A expectativa em torno da próxima reunião de política monetária na Europa é grande, com perspetivas incertas quanto à decisão do Banco Central Europeu (BCE). Na última reunião, o regulador optou por voltar a subir 50 pontos base (p.b.), mas sem dar indicações quanto ao rumo futuro da sua estratégia, face a um dilema claro entre crescimento e controlo da inflação.
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