A taxa de inflação do Reino Unido acelerou para 10,4% em fevereiro, impulsionada pelo aumento dos preços das bebidas em bares e restaurantes, mostram dados oficiais divulgados esta quarta-feira citados pela “Reuters”.
A evolução dos preços surpreendeu os economistas ouvidos pela agência de notícias, que tinham previsto uma descida do índice de preços no consumidor para 9,9% em fevereiro, face a 10,1% em janeiro, o que o afastaria ainda mais do máximo de 41 anos alcançado em outubro, de 11,1%.
O Instituto Nacional de Estatísticas britânico afirma que o fim das promoções nas bebidas aplicadas em janeiro em bares e restaurantes foi o principal fator que ditou a subida dos preços no mês passado.
Por outro lado, a inflação no sector dos serviços acelerou 6,6% em fevereiro, em comparação com 6% no mês anterior.
Esta subida dos preços é anunciada um dia antes de o Banco de Inglaterra decidir sobre um novo aumento das taxas de juro. Os bancos centrais na Europa e nos EUA deram início à normalização da política monetária no ano passado, numa tentativa de travar a escalada da inflação.
A reunião será marcada pela recente turbulência no sector bancário global provocada pelo colapso do Silicon Valley Bank e pela crise no Credit Suisse, que acabou por ser comprado pelo UBS.
“Dados os recentes movimentos do mercado, isto coloca o Banco de Inglaterra numa posição incrivelmente difícil, uma vez que pode não ser suficiente para o banco central fazer uma pausa nos aumentos das taxas de juro”, diz Richard Carter, da Quilter Cheviot, à “Reuters”.
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