A Iniciativa Liberal (IL) considera que a detenção de Luís Filipe Vieira deve ser entendida no âmbito de outros “exemplos de promiscuidade” e “sentimento de inimputabilidade” entre o sector financeiro e o poder político, que lembram outros casos como o do BES/Novo, do BCP e da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
“São várias operações que tiveram como consequência a delapidação de recursos dos contribuintes e que se inseriram num plano mais vasto e que, por consequência, deixam feridas reputacionais que dificultam a vida da maioria de empresários honestos que são também vítimas do chamado capitalismo de compadrio, que tem sido um impeditivo para que Portugal tenha uma economia livre e pujante”, refere a IL.
O partido liderado por João Cotrim de Figueiredo adverte para a necessidade de estender as investigações e aplicar a justiça a todos os intervenientes com responsabilidades nos negócios, incluindo reguladores e políticos, e lembra ainda o primeiro-ministro, António Costa, e o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, integraram a comissão de honra da recandidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica.
Em comunicado, considera ainda “essencial que o tempo da justiça chegue com celeridade e com eficiência, contribuindo para o fortalecimento das instituições e para uma sociedade mais transparente e mais credível”.
O presidente do Benfica passará a noite no Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, em Moscavide, depois de ter sido detido por suspeitas de crimes de abuso de confiança, burla qualificada, falsificação, fraude fiscal e branqueamento, segundo o Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP).
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