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Injeção no SNS não liquida 800 milhões em dívida

O Governo anunciou uma injeção extraordinária para os hospitais “terminarem o ano de 2022, pela primeira vez, sem stock de pagamentos em atraso”. Significa isto que o SNS paga aos fornecedores todas as dívidas em atraso? Não. Por liquidar ficam cerca de 800 milhões de euros, em atraso há menos de 90 dias. Reforço financeiro paga apenas as dívidas mais antigas.
Hospital de Santa Maria | Mário Cruz/Lusa
1 Janeiro 2023, 19h55

O Ministério das Finanças e o Ministério da Saúde anunciaram uma injeção extraordinária de 1.022 milhões para o Serviço Nacional de Saúde (SNS), destinado a permitir às entidades hospitalares “terminarem o ano de 2022, pela primeira vez, sem stock de pagamentos em atraso”.

Quer dizer que os hospitais fecham o ano sem dívidas em atraso? A resposta é não. Esta verba permitirá liquidar os pagamentos em atraso há mais de 90 dias, mas os que estão em dívida há menos tempo transitam para 2023, esclareceu o Semanário Novo junto de fontes do sector. Administradores hospitalares saúdam o balão de oxigénio, mas lamentam que chegue apenas no final do ano.

Em comunicado conjunto, os ministérios de Fernando Medina e de Manuel Pizarro anunciaram que o Governo aprovou uma injeção extraordinária e que os hospitais iriam receber “cerca de 1.022 milhões, o que permitirá liquidar a totalidade de pagamentos em atraso acumulados a fornecedores externos (dívida vencida há mais de 90 dias)”. Mas o comunicado deixou uma dúvida: o SNS fecha o ano sem dívidas em atraso? O Semanário Novo fez as contas e contactou fontes do sector para esclarecer.

Leia o artigo na íntegra na última edição do Semanário Novo que está desde sábado nas bancas.

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