As insolvências em Portugal registam um acréscimo de 6% no acumulado do ano, embora tenham decrescido 3,5% em outubro, face ao período homólogo do ano passado, indicam os dados da Iberinform.
Acrescentam ainda que “as declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas registam um aumento de 29% em comparação com os dez primeiros meses de 2023 (mais 164 pedidos, num total de 729), enquanto as declarações de insolvência requeridas por terceiros apresentem um incremento de 24% (mais 128 empresas, num total de 650)”.
Por regiões, “Porto e Lisboa são os distritos que lideram no que toca ao número de insolvências: 779 e 727, respetivamente. Face a 2023, verifica-se um acréscimo de 16% no Porto e de 5% em Lisboa”.
“Os maiores aumentos por setores de atividade foram registados nas áreas da Eletricidade, Gás, Água (+120%), Indústria Transformadora (+21%), Hotelaria e Restauração (+7%) e nos Transportes (+5%). O setor da Indústria Extrativa é o que apresenta o maior decréscimo (-13%), acompanhado pelas categorias de Comércio a Retalho (-4%) e Outros Serviços (-1%)”, revela a Iberinform.
“O aumento das insolvências empresariais é um sinal claro de que as empresas em Portugal estão a enfrentar dificuldades financeiras significativas. No entanto, é fundamental entender que a insolvência não é o único caminho a seguir. O diagnóstico financeiro atempado e o apoio especializado são fatores determinantes no turnaround das empresas. Identificar e abordar os problemas financeiros de forma proativa é fundamental para evitar que uma situação de insolvência se torne inevitável. Com a orientação certa e as estratégias adequadas, as empresas podem superar os desafios financeiros e alcançar o sucesso a longo prazo”, refere José Pedro Pais, partner da Capitalizar.
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