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InsurTech: 37% das seguradoras espera criação de novos modelos de negócio

Seguradoras tradicionais pretendem colmatar os desafios através de parceiras com os novos ‘players’ tecnológicos do setor, indica o relatório ‘Capgemini World InsurTech Report 2018’.
2 Outubro 2018, 18h22

A ascensão das insurtechs – empresas tecnológicas da área seguradora – intensifica a colaboração estratégica com as companhias de seguros tradicionais, segundo revela o novo estudo ‘Capgemini World InsurTech Report 2018’. As empresas esperam maiores desafios, mas também oportunidades, especialmente no campo da relação com os clientes.

“Num ecossistema em constante evolução, a colaboração é um modelo que as companhias de seguros e as insurtech encaram como a chave para melhorar a experiência do cliente com sucesso, e que consideram como a principal prioridade”, afirmou Anirban Bose, CEO da Financial Services Strategic Business Unit da Capgemini e membro do executive board do grupo, em comunicado.

O relatório indica que todos os 140 gestores de topo em 33 mercados inquiridos consideram que as insurtech são um elemento de transformação do setor. Sobre o potencial impacto, 67,1% das companhias de seguros tradicionais responderam que têm capacidade para “redefinir a experiência do cliente”, abaixo dos 91,7% entre as insurtech inquiridas.

Já 37% das seguradoras tradicionais considerou que as insurtech poderão “criar novos modelos de negócio”, e 34% afirmou que poderão vir a “capacitar as companhias de seguros tradicionais com  novas competências”. Os valores comparam com os 58,3% e 33,3%, respetivamente, dos responsáveis das insurtech.

“Neste sentido, os gestores do futuro deverão encontrar as formas mais apropriadas de colaboração, que lhes permitam manter as suas empresas e os seus negócios ágeis no longo prazo”, referiu Anirban Bose.

A colaboração é uma prioridade para o setor, já que cerca de 96% das companhias de seguros tradicionais mostraram vontade em colaborar com as insurtech, privilegiando parcerias ou modelos do tipo «Solution-as-a-Service » (SaaS).

Já a abordagem preferida pela maioria das seguradoras (77,9%) assenta no “estabelecimento de parcerias para desenvolver uma nova solução”. Do mesmo modo, são também, muitas as seguradoras (75,8%) a desejar uma abordagem Solution-as-a-Service. Por contrapartida, apenas um terço das seguradoras inquiridas (32,6%) afirmou estar a equacionar possíveis aquisições neste contexto.

“O advento anunciado de novos concorrentes no setor segurador, põe à prova as companhias de seguros tradicionais no que diz respeito à sua agilidade e à sua capacidade de inovação. Encontrar um bom parceiro entre as InsurTech será o fator decisivo para que se consigam impor e triunfar num setor em constante evolução”, acrescentou Vincent Bastid, secretário-geral da EFMA.

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