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Invasão do Capitólio por apoiantes de Trump. Explosivos e tiros num dos símbolos da democracia norte-americana

Caos e violência na capital norte-americana com a invasão por parte de apoiantes de Donald Trump de um dos principais símbolos da democracia norte-americana que alberga as duas câmaras legislativas do país, no dia em que o Congresso preparava-se para confirmar a vitória de Joe Biden. O exército já foi chamado para repor a ordem em Washington DC. Uma mulher alvejada dentro do Capitólio já foi declarada morta pelas autoridades.
Capitólio Eua Invasão Jim Lo Scalzo Lusa 1
6 Janeiro 2021, 22h13

Cenas de caos e violência um dos principais símbolos da democracia dos Estados Unidos, o edifício do Capitólio que alberga o Congresso que é constituído pelo Senado e a Câmara dos Representantes, as duas câmaras legislativas do país.

Durante a invasão do Capitólio, que teve lugar ao início da noite em Lisboa, por parte de apoiantes de Donald Trump foram disparados tiros dentro do edifício e uma mulher foi declarada morta depois de ter sido alvejada dentro do edifício. Outras cinco pessoas, incluindo um agente das forças de segurança, foram levadas para o hospital, noticia a Sky News.

Pelas 22h45, a situação no Capitólio foi considerada como controlada pelas autoridades norte-americanas, avança a CNN. A partir das 23 horas de Lisboa, com o recolher obrigatório, a polícia e o exército começaram a evacuar aos manifestantes que ainda se encontram no National Mall, um enorme parque que separa o Capitólio do Lincoln Memorial, uma zona muito próxima da Casa Branca.

O que aconteceu antes, durante e depois da invasão do Capitólio?

Ao mesmo tempo, durante a invasão, as autoridades encontraram explosivos de fabrico caseiro no Capitólio, noticia a NBC. Os agentes das forças de segurança preparam-se para destruir estes dispositivos.

Entretanto, o exército norte-americano, a guarda nacional, já foi chamada depois dos violentos incidentes entre os manifestantes e a polícia da capital.

O Congresso estava hoje reunido para certificar a vitória de Joe Biden, através da contagem dos votos do colégio eleitoral norte-americano que já tinha dado à vitória ao candidato democrata a 14 de dezembro, depois das eleições do início de novembro terem dado a vitória a Biden, no voto popular.

Mas os ânimos exaltaram-se no exterior do Capitólio quando apoiantes pró-Trump envolveram-se em confrontos com a polícia e forçaram a sua entrada no edifício, culminando na invasão.

Os ânimos incendiaram-se quando Donald Trump voltou a queixar-se que as eleições foram alvo de fraude para dar a vitoria a Biden.

“Tivemos uma eleição que nos foi roubada. Foi uma grande vitória e todos sabem isso. Eu conheço a vossa dor, eu sei que estão magoados”, disse o presidente norte-americano num vídeo nas redes sociais que teve o efeito explosivo de gasolina deitada sobre fogo.

Com os manifestantes dentro do edifício, a sala do Senado foi evacuada e o vice-presidente Mike Pence, presente na sessão foi levado para um local seguro.

Por sua vez, a polícia reagiu com gás lacrimogénio para obrigar os manifestantes a sair do edifício.

Joe Biden reagiu com palavras duras às cenas de violência. “Isto não é um protesto, é uma insurreição.”.

O presidente eleito exigiu que Trump se dirigia à nação na televisão para condenar o episódio. “Exijo a esta multidão que se retirem e deixem a democracia funcionar”.

A polícia de Washington DC disse que 13 pessoas tinham sido presas devido à invasão, com nenhum dos indivíduos a não residir na capital.

As imagens da CNN pelas 22h45 de Lisboa mostram que a situação está mais calma no exterior do Capitólio, com a presença de polícia antimotim.

O recolher obrigatório decretado pela autarca da capital vai entrar em vigor às 18h00 de Washington DC, 23 horas em Lisboa.

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