Os investidores estão a preparar-se para dias de incerteza face à decisão do Banco do Japão que vai permitir que os rendimentos dos títulos subam de um modo mais livre, numa decisão que os analistas dizem que poderá marcar um ponto de viragem na política monetária do país, conta o jornal “Expansión” esta terça-feira.
Kazuo Ueda, o novo governador do Banco do Japão, anunciou na última sexta-feira que o banco vai desacelerar o seu controlo sobre os títulos de referência do governo japonês a dez anos e, assim, duplicar a negociação para os rendimentos da dívida de longo prazo.
Esta decisão abre caminho para uma possível mudança no status do Japão e mudanças fundamentais nos fluxos de investimento globais. O fim prático dos controlos da curva de rendimento marca aquilo que os investidores dizem ser um passo definitivo em direção à normalização da política após décadas de deflação e estagnação económica e sete anos de taxas de juros negativas.
A maioria dos especialistas não espera que o Banco do Japão saia das taxas de juros negativas até ao próximo ano, quando o banco prevê que a inflação caia novamente abaixo da sua meta de 2%.
A inflação nominal atingiu os 3,3% em junho, e o Banco do Japão elevou, na sexta-feira, a sua previsão de inflação básica para o ano fiscal de 2023 de 1,8% para 2,5%, enquanto reduziu a sua previsão para o ano fiscal de 2024 para 1,9%.
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