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Investigadores desenvolvem produtos naturais à base de algas com potencial contra o SARS-CoV-2

Investigadores da Universidade de Coimbra continuam os ensaios laboratoriais para validar a eficácia e segurança dos compostos desenvolvidos e concluir o produto farmacêutico de forma a introduzi-lo no mercado. No futuro, querem avaliar o potencial destes compostos contra outros vírus.
17 Fevereiro 2025, 18h08

Uma equipa de investigadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), em colaboração com a Faculdade de Farmácia da UC (FFUC), está a desenvolver vários produtos naturais à base de macroalgas com potencial contra o vírus SARS-CoV-2.

O projeto AlgaMar4antivirus nasceu no contexto da pandemia provocada pela Covid-19 para dar resposta às necessidades urgentes de soluções antivirais eficazes. Esta investigação centra-se no desenvolvimento de novos produtos naturais baseados em macroalgas, explorando os seus compostos bioativos com propriedades antivirais.

“Focado na luta contra o SARS-CoV-2, o AlgaMar4antivirus pretende desenvolver um composto natural que poderá ser utilizado tanto na prevenção como no tratamento deste vírus. Já identificámos as macroalgas da costa portuguesa – verdes, vermelhas e castanhas – que demonstraram resultados promissores, tendo sido sempre privilegiado o cultivo em aquacultura para garantir a sustentabilidade dos recursos marinhos e a obtenção de biomassa suficiente para a extração dos compostos bioativos”, revela Ana Marta Gonçalves, investigadora do Centro de Ecologia Funcional do Departamento de Ciências da Vida e líder do projeto.

Os ensaios, realizados em colaboração com a FFUC, têm demonstrado a eficácia antiviral de vários compostos extraídos. “Estas descobertas representam um importante avanço no desenvolvimento de soluções farmacêuticas naturais, que podem futuramente ser aplicadas a outros vírus além do SARS-CoV-2”, adianta a investigadora.

A equipa vai continuar os ensaios laboratoriais para validar a eficácia e segurança dos compostos desenvolvidos e concluir o produto farmacêutico de forma a introduzi-lo no mercado. No futuro, os investigadores pretendem expandir a investigação para avaliar o potencial destes compostos contra outros vírus.

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