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Investimento em energia solar ultrapassa o do petróleo pela primeira vez na história

“Para cada dólar investido em combustíveis fósseis, cerca de 1,7 dólares estão a ir para energia limpa. Há cinco anos, este rácio era de um para um”, disse o diretor-executivo da Agência Interncional de Energia. China lidera investimento mundial em energias limpas.
25 Maio 2023, 10h04

O investimento na energia solar a nível global vai ultrapassar este ano o investimento na indústria petrolífera pela primeira vez na história. Este ano vão ser investidos um total de 2,8 biliões de dólares (2,6 biliões de euros) globalmente em energia, com mais de 1,7 biliões de dólares (1,58 biliões de euros) a irem para energias limpas, e o restante – cerca de um bilião (931 mil milhões de euros) – a destinar-se ao carvão, petróleo e gás natural.

A conclusão é de um estudo hoje divulgado pela Agência Internacional de Energia (IEA).

“Para cada dólar investido em combustíveis fósseis, cerca de 1,7 dólares estão a ir para energia limpa. Há cinco anos, este rácio era de um para um”, disse o diretor-executivo da IEA Fatih Birol.

“A energia limpa está a mover-se muito rapidamente, mais do que muitos julgam. Isto é claro na tendência de investimentos, onde as energias limpas estão a afastar-se dos combustíveis fósseis. O melhor exemplo é o investimento no solar, que está prestes a ultrapassar a quantidade de investimento que vai para a produção de petróleo pela primeira vez”, acrescentou.

Para este ano está previsto um total de 380 mil milhões de dólares na energia solar, ultrapassando assim o investimento na produção de petróleo.

A maioria do investimento em energias limpas entre 2019-2023 teve lugar na China, acima dos 180 mil milhões de dólares. Segue-se a União Europeia com mais de 150 mil milhões de dólares e os Estados Unidos com mais de 90 mil milhões de dólares.

Juntando petróleo e gás natural, o investimento na produção vai atingir mais de 500 milhões de dólares, uma subida de 7% face a 2022.

O relatório destaca que o gasto na produção de petróleo e gás vai regressar a níveis pré-Covid. “As poucas petrolíferas que estão a investir mais do que antes da pandemia Covid-19 são na sua maioria grande petrolíferas estatais do Médio Oriente. Muitos produtores atingiram lucros recorde no ano passado devido aos preços elevados dos combustíveis, mas a maioria deste cash flow foi para dividendos, recompra de ações e repagamento de dívida”.

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