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IRC representa mais de um quarto da ‘almofada’ para pagar pensões

Impostos dão mais de 1,7 mil milhões de euros a ‘almofada’ para pagar pensões. Transferências do IVA social representam maior fatia e do IRC aumentaram 6,4 vezes em cinco anos para 449 milhões, contribuindo com 26% do total.
27 Outubro 2023, 10h00

As transferências de receitas de impostos para o Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) vão atingir, em 2024, a fasquia dos 1.721 milhões de euros com a alocação de receitas do IVA social, Adicional do IMI (AIMI) e do IRC. O imposto que recai sobre as empresas representa já mais de um quarto (26%), contribuindo com 449 milhões de euros para o bolo total de impostos transferidos para a ‘almofada’ que serve para pagar pensões caso o sistema entre em défice. Um montante que é 6,4 vezes mais o contributo da receita do IRC que começou, em 2018, com 70 milhões de euros.

Desde 2016, o Governo de António Costa transferiu mais de nove mil milhões de euros em impostos para o FEFSS que é uma espécie de pé-de-meia destinado a pagar pensões caso o sistema previdencial entre em rutura. Esta almofada é hoje mais do dobro face aos 774 milhões de euros de impostos transferidos em 2016: 1.721 milhões de euros, mais 70 milhões face a 2023, um crescimento de 4,2% face a 2022 e mais 123% (mais 947 mihões de euros) face há oito anos.

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