Durão Barroso, ex-presidente da Comissão Europeia, considerou esta segunda-feira, em declarações aos jornalistas no âmbito da abertura do Fórum EurAffican 2024, que o atentado contra Donald Trump no sábado foi uma “ironia trágica” pelo posicionamento do ex-presidente norte-americano face à liberalização das armas no país.
“Não deixa de ser uma ironia trágica que o ex-presidente dos EUA, que tem sido um grande defensor da liberalização das armas, estivesse a centímetros de morrer através do tiro de uma arma que estava nas mãos de um jovem de 20 anos”, começou por referir o presidente da Mesa do Conselho da Diaspora, entidade que organiza o EurAffrican 2024, que se realiza na Nova SBE, em Carcavelos, e conta com o JE como media partner.
Para o antigo primeiro-ministro português, “isto devia fazer-nos refletir sobre qual o sentido de se permitir que haja armas na posse da população e de forma livre. O ex-presidente Trump sobreviveu e ainda bem mas há uma morte a lamentar”.
Tendo em conta o conhecimento que tem do país, uma vez que lecionou nos EUA durante quatro anos, Durão Barroso considera que “é muito preocupante este estado de ódio que se vive nos EUA”. Destaca o ex-presidente da Comissão Europeia que nunca viu “uma situação tão fragmentada como aquela que existe nos EUA. Talvez o seja o período de maior polarização política desde a Guerra Civil norte-americana”.
O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, que sobreviveu a uma tentativa de assassínio no sábado, considerou que foi “uma experiência muito surreal”, afirmando: “devia estar morto”.
O ataque, em que Trump ficou ligeiramente ferido na orelha direita, causou a morte de um apoiante e dois feridos, que foram hospitalizados. O atacante, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, foi abatido segundos depois por um atirador dos Serviços Secretos.
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