[weglot_switcher]

ISG reforça oferta do superior na Guiné-Bissau

Novo projeto educativo do grupo Ensinus aposta na componente prática e na ligação às empresas e administração pública. Oferece seis licenciaturas e formação para empresas.
12 Outubro 2019, 18h00

O grupo Ensinus volta a apostar na Guiné-Bissau. Depois de ter lançado no ano passado o Instituto das Profissões e Tecnologias (IPT), na área do ensino profissional, o grupo liderado por Teresa Damásio reforça a aposta neste país, lançando este ano o ISG Instituto Superior de Gestão e Administração Pública Guiné-Bissau. A instituição será um mix entre o ISG existente em Portugal e o seu congénere moçambicano, lançado em 2014.

O ISG Guiné-Bissau inaugurou em Bissau a 8 de outubro e vai ofercer seis cursos conferentes de grau de licenciatura e formação para empresas. O plano inclui licenciaturas em Contabilidade, Fiscalidade e Auditoria; Administração Pública; Gestão de Empresas; Recursos Humanos; Gestão do Desporto e licenciatura em Economia e Gestão do Turismo.

“Na área da formação corporativa será dada continuidade ao trabalho que o grupo está a desenvolver no IPT”, diz Teresa Damásio. E desenvolve: “A oferta está totalmente virada para as necessidades reais do mercado, indo da formação inicial de formadores até uma simples formação em excel. Destacamos, por exemplo, um curso de gestão financeira com a duração de 30 horas, outro de análises projetos e investimento com a mesma duração e outro ainda em auditoria e controlo interno com 35 horas. O curso de formação inicial de formadores tem a duração de 100 horas”.

À semelhança do IPT, o ISG vai garantir estágios aos seus alunos. Até ao momento, assinou protocolos com gabinetes de contabilidade, com Ministérios e estão também em preparação protocolos com o Comité Olímpico e a Seleção Nacional de Futebol da Guiné-Bissau.

Ainda na linha do IPT, o ISG Guiné-Bissau nasce com uma forte ligação ao mundo empresarial e à administração pública, o que é, de resto, fundamental, para assegurar o seu desenvolvimento. Em qualquer país da África Ocidental é impossível fazer diferente. “São países com economias vulneráveis, onde o rendimento do agregado familiar é muito baixo. A formação contratualizada com empresas é um garante de que a instituição privada não pode prescindir. No IPT temos e no ISG também vamos ter empresas que pagam as propinas dos seus colaboradores que são nossos alunos”, explica Teresa Damásio.

Outra fonte são as bolsas de estudo. O ISG assinou um protocolo com uma Aldeia SOS, que vai atribuir este ano 100 bolsas e está a contratualizar outros acordos. “Se nos for possível ter professores junto de nós durante mais horas conseguiremos ter uma comunidade educativa mais consolidada, com resultados evidentes para os alunos”.

A Guiné-Bissau vive atualmente dias de estabilidade, essencial para o desenvolvimento – e este passa, fundamentalmente, pela educação. “Para um pai e uma mãe guineense ter um filho na escola é mais importante do que comer. Eles sabem que a escola é o futuro. Diria que essa é uma das coisas mais notáveis na sociedade guineense”, elogia Teresa Damásio.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.